Os manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que ocuparam uma área privada em Aracruz seguem no local nesta sexta-feira (14), apesar da existência de uma ordem de reintegração de posse.
A informação foi confirmada à reportagem do Folha Vitória pela Suzano Papel e Celulose, proprietária do terreno. A empresa afirmou que “ainda aguarda os trâmites preparatórios para a desmobilização das pessoas do local”.
A liminar foi concedida pela 1ª Vara Cível da Comarca de Aracruz na tarde desta quinta-feira (13), mesma data do início da ação do MST que faz parte da Jornada Nacional da Luta das mulheres sem terra, que acontece de 11 a 14 de março.
A Polícia Militar, que foi acionada para verificar “uma ocorrência de invasão de propriedade alheia”, informou que segue na área ocupada “acompanhando a situação”. A juíza que concedeu a liminar autorizou o uso de força policial, se necessário.
A Suzano disse que o imóvel produtivo de sua legítima posse foi “invadido por uma ação ilegal do MST, razão pela qual ingressou em juízo” e conseguiu a ordem de reintegração.
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O objetivo da ocupação, conforme o movimento, é “denunciar os crimes ambientais, as consequências do monocultivo de eucalipto para os povos, a terra e a natureza, bem como questionar o Estado brasileiro sobre a função social e ambiental da terra”.
A ocupação foi vista com “estranheza” pela Suzano, que alega cumprir todas as legislações ambientais e trabalhistas às áreas em atividade, “tendo como premissa em suas operações o desenvolvimento sustentável e a geração de valor e renda, reforçando assim seu compromisso com as comunidades locais e com o meio ambiente”.