Cotidiano

O drama da Mortalidade Empresarial

O drama da Mortalidade Empresarial

A falência ou mortalidade das empresas nos tempos atuais pode estar ligada a uma combinação de fatores tradicionais e novos desafios trazidos pela era digital, mudanças no comportamento do consumidor e transformações econômicas globais. Aqui estão os principais motivos:

 1. Falta de adaptação às mudanças tecnológicas

  • Muitas empresas não conseguem acompanhar a velocidade da inovação (como automação, digitalização, IA, etc.). Ignorar tendências como e-commerce, marketing digital ou ferramentas de gestão modernas as torna obsoletas rapidamente.

2. Gestão financeira ineficaz

  • Falta de controle de fluxo de caixa, endividamento excessivo e baixa rentabilidade são causas clássicas.

3. Ausência de planejamento estratégico

  • Atuam no “piloto automático” sem metas claras, análise de mercado, diferenciação ou plano de ação (análise de pontos fortes e fracos) e não se preparam para crises ou mudanças abruptas no mercado (oportunidades e ameaças).

4. Desalinhamento com as necessidades do cliente

  • Produtos ou serviços que já não resolvem os problemas reais do consumidor. Falta de personalização, má experiência do cliente ou canais de atendimento ineficientes. O que o cliente espera de nós?

 5. Concorrência acirrada (inclusive de fora do setor)

  • Novos entrantes, startups ou empresas digitais com modelos mais ágeis e inovadores tomam espaço rapidamente. Globalização e plataformas digitais aumentam a concorrência, mesmo em mercados locais.

 6. Baixa produtividade e processos ultrapassados

  • Falta de Qualidade e inovação nos processos, uso excessivo de mão de obra em vez de automação. Não investem em qualidade, melhorias contínuas (kaizen) ou treinamento da equipe. (Consideram o treinamento como custo e não como investimento).

 7. Cultura organizacional fraca ou tóxica

  • Alta rotatividade de colaboradores, desmotivação, falta de liderança ou propósito. Empresas sem clareza de valores tendem a perder talentos e enfrentar crises internas.

8. Falta de presença digital ou marketing ineficaz

  • Ignoram o marketing digital ou não sabem comunicar valor de forma clara. Muitos ainda dependem apenas do “boca a boca” ou de vendas presenciais.

9. Impactos econômicos externos e crises

  • Pandemias, guerras, inflação, alta de juros, queda na demanda ou problemas na cadeia de suprimentos. Empresas sem reserva de emergência ou resiliência sofrem mais nesses momentos.

10. Problemas legais ou regulatórios

  • Falta de conformidade com leis fiscais, ambientais, trabalhistas. Multas ou processos podem comprometer a saúde financeira da empresa, além da pesada carga tributária brasileira.

Consequências reais: Dados da mortalidade empresarial – Exame/IBGE

Fonte: Exame – dados até 2022.

60% das empresas não sobrevivem após cinco anos no Brasil, aponta IBGE (dez 24).

Pesquisa do IBGE mostra que o comércio liderou tanto o nascimento como a morte de empresas que geram empregos

Dados da Mortalidade Empresarial no Brasil

Cerca de seis a cada dez empresas que nascem no Brasil não conseguem sobreviver após cinco anos, de acordo com dados da pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo 2022, Divulgada pelo IBGE.

A taxa de sobrevivência varia de acordo com a região, com a maior taxa observada na Região Sudeste, enquanto as regiões Norte e Centro-Oeste apresentam as menores taxas de sobrevivência.

Veja mais em https://exame.com/negocios/60-das-empresas-nao-sobrevivem-apos-cinco-anos-no-brasil

Getulio Apolinário Ferreira

Colunista

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.

Escritor pela Qualitymark Editora, Consultor organizacional, Engenheiro na linha da gestão japonesa com dois estágios no Japão nas áreas de projetos criativos dos Thinking Groups da Kawasaki Steel, Qualidade Total, Kaizen/Inovação e programas Zero Defeitos estabelecendo um forte link com o Programa de Qualidade Total da CST, hoje Arcelor Mittal. Getulio participa também, com muita honra, da Academia Brasileira da Qualidade – ABQ onde estão os profissionais de maior destaque nas áreas da Qualidade e Inovação do Brasil.