Anna, um nome que carrega em si o significado de “graciosa” ou “cheia de graça”, traz à lembrança a história bíblica de Ana, uma mulher de fé inabalável e perseverança diante das adversidades.
Assim como a Ana da Bíblia, que transformou sua dor em clamor e sua fé em ação, a pastora Anna Eliza Simonetti segue esse exemplo de devoção e coragem, reforçando a importância do papel feminino na sociedade.
Pastora inspira com trajetória de fé e resiliência
Terapeuta familiar, escritora e palestrante, ela é líder da Primeira Igreja Batista em Goiabeiras (PIBG), juntamente com seu marido, o pastor Heleénder de Oliveira Francisco, com quem é casada desde 2000 e tem dois filhos: Anna Beatriz e Lucas.
Sua trajetória de fé e dedicação inspira dentro e fora da igreja, mostrando a força e a resiliência das mulheres no ministério pastoral.
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Conexão com a espiritualidade desde cedo
Desde muito cedo, Anna Eliza sentiu uma conexão especial com a espiritualidade. Mesmo não tendo nascido em uma família evangélica, sua curiosidade pela fé cristã foi despertada pela presença de uma Bíblia em casa. “Essa Bíblia me chamava atenção, eu queria conhecê-la”, conta.
Movida por esse desejo, começou a frequentar a igreja por conta própria e desenvolveu um amor profundo pela comunidade religiosa.
Com o tempo, esse chamado foi reconhecido pela própria congregação. Ainda jovem, recebeu o apelido de “pastorinha”, e, após seu casamento com um pastor, a igreja confirmou sua vocação pastoral.
Sempre tive um desejo muito grande de conhecer e viver a espiritualidade cristã. Foi a igreja que deu nome a esse chamado que eu carregava desde criança.
Desafios de uma pastora em um meio masculino
Ser pastora em um ambiente historicamente dominado por homens traz desafios adicionais. Anna Eliza destaca que a igreja reflete a sociedade e, portanto, também reproduz preconceitos.
“A sociedade é machista, e a igreja, como um recorte dessa sociedade, também reproduz esse machismo. Então, além dos desafios normais do ministério, ainda há a resistência por ser mulher”, afirma.
Ela ressalta, no entanto, que as mulheres trazem uma abordagem única à liderança pastoral. “As mulheres costumam exercer uma pastoral muito mais afetiva, de escuta, com um olhar mais sensível e maternal para com suas ovelhas”, diz.
Projetos e ações na comunidade
Além do trabalho pastoral, Anna Eliza lidera diversos projetos dentro da igreja, com um olhar atento para as necessidades da comunidade. “Atualmente, desenvolvemos iniciativas voltadas para o acolhimento de famílias em situação de vulnerabilidade, além de ações que promovem o crescimento espiritual e emocional dos membros”, conta.
Ela também coordena programas direcionados às mulheres, criando espaços de apoio, fortalecimento e compartilhamento de experiências.
“Temos projetos específicos para mulheres, em que discutimos não só a fé, mas também o nosso papel na sociedade e na igreja, enfrentando os desafios de ser mulher cristã nos dias de hoje”, explica.
Dia Internacional da Mulher para Anna
Para a pastora Anna Eliza, o Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade para reforçar o protagonismo feminino em todas as áreas.
“É um dia de reflexão sobre nossas lutas e conquistas. Na igreja, temos um papel fundamental de apoiar e valorizar as mulheres, ajudando-as a reconhecer sua força e potencial”, afirma.
Quando questionada sobre a mensagem que gostaria de deixar para as mulheres, especialmente as da comunidade evangélica, a pastora enfatiza a importância de se manterem firmes em sua missão.
Que nenhuma mulher deixe de acreditar no seu chamado, seja ele qual for. Deus nos capacita para grandes obras, e nosso papel é seguir em frente, confiantes e determinadas a cumprir nossa vocação.