Parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, localizada no Pelourinho, região do Centro Histórico de Salvador, desabou na tarde desta quarta-feira, 5.
O acidente provocou a morte de Giulia Panchoni Righetto, 26 anos, paulista de Ribeirão Preto. Outras seis pessoas ficaram feridas, de acordo com informações preliminares do Corpo de Bombeiros da Bahia.
LEIA TAMBÉM:
>> Morte de porteiro envolve rituais de magia e relação com enteada
>> “Racismo reverso”: STJ decide que não há injúria racial em ofensa a homem branco
>> Rombo milionário: funcionário dos Correios é investigado por fraude em seguro de encomendas
Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram ao local do acidente para prestar atendimento às vítimas e realizar buscas na área, que ficou tomada pelos escombros.
Equipes do Serviço e Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também se encontram no local e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) foi acionado.
Segundo a Defesa Civil de Salvador, o espaço central da igreja cedeu durante um momento em que o templo estava aberto e recebia fiéis.
Igreja histórica
A igreja São Francisco de Assis, conhecida como “igreja de ouro”, foi construída no início do século 18 no centro histórico de Salvador.
Seu interior é revestido de ouro e ela é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo. O prédio é um dos mais expressivos monumentos do barroco nacional e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A igreja possui uma arquitetura singular. A fachada apresenta esculturas e relevos de frutos e folhagens, formando guirlandas.
O seu interior possui uma série de azulejos portugueses que retratam Lisboa antes do terremoto de 1755. No anexo, há um pequeno museu com exposição de peças sacras.
O imóvel integra o perímetro do centro histórico de Salvador considerado como patrimônio mundial (popularmente chamado de “patrimônio da humanidade”) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Outra construção desse perímetro ruiu no ano passado. O antigo casarão do centenário restaurante Colon, conhecido pelo filé mal assado, elogiado até mesmo em livro de Jorge Amado. O prédio desabou após mais de três anos interditado. A construção era estimada no século 19.
*Com informações do Estadão