Afro-X está comemorando 17 anos de carreira com um novo CD. Um Brinde a Vida marca a retomada musical do cantor paulistano após ficar oito anos sem gravar.
Nesse meio tempo, o rapper esteve envolvido em atividades sociais e culturais, onde usou o hip hop como ferramenta educacional em escolas da periferia. Além disso, ele ainda lançou uma autobiografia (Ex-157, a História que a Mídia Desconhece).
— Eu queria dar uma contrapartida pelo benefício que eu tive de vida, depois de sair da prisão. Eu fiz um projeto que trabalhou o hip hop no contexto social, educacional e cultural. Baseado na linha do tempo do rap, eu contextualizei todas as matérias escolares.
Aos 43 anos, Afro-X é pai de sete filhos, sendo dois deles com a cantora Simony, com quem foi casado até 2005.
— No casamento, eu enfrentei os racistas de plantão e pessoas recalcadas. Foi um tapa na cara da sociedade!
Longe das polêmicas, Afro-X agora está entusiasmado com a volta aos palcos.
Como entrega o nome do disco, Um Brinde a Vida também celebra a sobrevivência do rapper após passar sete anos no Complexo Penitenciário do Carandiru, hoje desativado.
Foi no presídio, nos anos 2000, que Christian de Souza Augusto virou Afro-X e, ao lado de Dexter, fundou o grupo 509-E. Apesar de não falar com o ex-parceiro musical, o cantor não descarta uma reunião.
— No momento, meu objetivo é o trabalho solo, mas eu jamais digo nunca. O 509-E tem um grande significado para muitas pessoas, então uma volta seria eletrizante para a cena hip hop. Na época, fizemos algo histórico.