O aniversário do poeta Newton Braga, no próximo dia 11, será celebrado com quatro dias de programação cultural, na Casa dos Braga, onde ele residiu com a família, e no centro de Cachoeiro. O evento, denominado ‘LiteraNewton’, começa no próximo dia 10 e segue até dia 13.
Na Casa dos Braga, terá atividades, como: contação de história, visita guiada e leitura dramática de textos escritos pelo homenageado e por seu irmão, Rubem. O evento é aberto ao público, mas voltado aos estudantes, escritores e professores. No centro, serão quatro dias da exposição itinerante “Energia da língua portuguesa”.
“Estamos preparando formas de homenagear Newton de um modo bastante ligado ao seu fazer artístico. As atividades vão ajudar a difundir e valorizar o nosso poeta maior e, também, o Museu Casa dos Braga”, avalia Neuza Maria dos Santos, coordenadora do espaço.
Jornalista, advogado e escritor, Newton nasceu na fazenda do Frade, administrada pelo pai, Francisco Braga, primeiro prefeito de Cachoeiro. Estudou no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, cidade onde atuou em jornais e publicou poemas com influência do modernismo. Voltou para a cidade natal em 1932, onde foi jogador do Estrela do Norte e redator-chefe do Correio do Sul, que usou para impulsionar movimentos cívicos, como a criação do Dia de Cachoeiro.
Exposição
Fará parte do LiteraNewton, ainda, a exposição interativa sobre rodas ‘Energia da língua portuguesa’. Os visitantes terão acesso à estrutura na praça Jerônimo Monteiro, no centro, de 10 a 13 de agosto.
São atividades interativas que incluem dados sobre a cultura das dez nações que falam a língua portuguesa, por meio de um visor 360º, gravuras e lista de curiosidades. Há também uma linha do tempo sobre a relação entre Brasil e Portugal, com base em poemas famosos; um “gerador de sotaques”; fotos sobre a construção da mostra; uma máquina que escolhe palavras para soletrar e gravação de vídeo com os visitantes recitando poemas.
Mostras
Os itens da família são do acervo de Anna Graça, irmã de Newton e Rubem. Uma filha e uma nora dela, Beatriz Braga de Abreu e Lima e Carol Abreu, organizaram as exposições. O imóvel foi adquirido em 1985 pela prefeitura e protegido por tombamento municipal. Foi inaugurado como centro cultural em 1987 e abrigou, até 2014, a biblioteca municipal.