Mega obra que começou em 2010, o Cais das Artes será entregue em até 11 meses, “ainda” neste 2025, com previsão de término em dezembro. Em entrevista exclusiva à Coluna Pedro Permuy, o secretário de Estado da Cultura, Fabrício Noronha, destaca os trabalhos que vêm sendo feito no local para recuperação das estruturas que já estavam prontas e finalização das que ainda precisam ser construídas.
“Desde que foram retomadas (as obras), foram feitos levantamentos, ensaios, relatórios
técnicos que subsidiaram as intervenções necessárias para a recuperação do
concreto aparente das estruturas metálicas e dos equipamentos que já haviam sido
instalados. Então, toda a parte de estrutura metálica, os ares condicionados, um monte de coisa que já estava lá, já passou por esse processo (de inventário e recuperação)”, explica.
E continua: “A recuperação do concreto já foi finalizada e das estruturas metálicas estão quase concluídas. Com a finalização da recuperação das estruturas metálicas, será
possível executar a laje de cobertura do teatro”.
De acordo com o chefe da pasta estadual, “nesse momento estão sendo feitas atualizações das especificações de materiais e equipamentos que precisam ser revistos”.
“Dado o tempo da elaboração dos projetos, em função das novas normas e também do avanço tecnológico, esse trabalho de atualização é feito para que o equipamento cultural seja entregue com as tecnologias mais atuais de sonorização, de imagem, acústica e outras”, frisa.
Pelo andar da carruagem, o modelo de gestão do Cais deve ser terceirizado, com uma organização ou instituição parceiro com suporte da iniciativa privada.
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“E aí a gente está finalizando também o modelo de gestão que a gente ficou ano passado, igual, pesquisando várias experiências, várias boas práticas, não só de modelo, mas do que ter, o que parte de arte, educação, a relação com a vizinhança, com outros bairros, tudo que a gente quer para construir um espaço bem democrático, bem aberto, que vai ser administrado tipo o Parque (da Casa do Governador)”, completa.
“A gente está terminando a modelagem, mas, agora, nos próximos meses, a gente
vai ter isso já anunciado. Porque a gente precisa já estar com isso pronto para
a inauguração, com as equipes, as exposições, tudo pensado”, conclui.
O CAIS DAS ARTES
As obras do complexo que será o maior aparelho cultural do Espírito Santo estavam paradas desde 2015, quando foram embargadas por uma ação que corria na Justiça. O processo havia sido movido pelo último consórcio que atuou na edificação faraônica.
Desconsiderando novas avaliações que possam revelar que o espaço já construído possa precisar de reformas de recuperação ou manutenção, o complexo só precisava ter finalizada a construção do teatro, museu e praça.
Ao todo, o teatro terá 600 metros quadrados com 1,3 mil lugares e um vão livre de mais de 25 metros de altura até o teto. O museu ocupará um espaço de 2,3 mil metros quadrados com auditório para 225 pessoas, cinco salas de exposição, biblioteca, cantina, recepção e cafeteria. A praça também foi projetada para abrigar cafeterias, livrarias e espaços para espetáculos e exposições ao ar livre.
Durante todo o período, desde 2010 – quando as obras começaram -, o Cais recebeu investimento inicial de R$ 132 milhões e, depois, outros R$ 183 milhões para a conclusão do projeto de Paulo Mendes da Rocha. Hoje, a soma já ultrapassa os R$ 315 milhões para os cofres do Estado.