
Nos últimos dias, o mundo da arte ficou agitado com a notícia da suposta falsificação de uma obra da artista Tarsila do Amaral. O episódio aconteceu durante a 20ª edição da SP Arte, quando um galerista apresentou a obra em seu stand, no segundo andar da feira. O evento, que é considerado a maior feira de arte da América Latina, aconteceu entre os dias 3 e 7 de abril.
Os motivos que levantaram a suspeita são diversos e vão desde o valor atribuído à obra – R$ 16 milhões, o que é considerado baixo para a obra de Tarsila – à maneira como a obra chegou ao Pavilhão da Bienal: em uma mala, sem a devida vistoria pela administração da feira. Esse fato coloca a gestão da SP Arte em uma posição vulnerável, afinal, a fiscalização das obras que entram e saem do pavilhão devem ter integral controle da feira.
Especialistas no mercado de arte afirmaram que se trata, de fato, de uma obra falsificada. Já a família de Tarsila do Amaral determinou que seja realizada uma perícia para averiguar a autenticidade da obra e nomeou o perito do Tribunal de Justiça de São Paulo, Douglas Quintale, para a tarefa.
O laudo deve ser publicado em um prazo de 90 dias e envolve a aprovação da metodologia sugerida pela perícia, a análise de documentos, fotografias e exames físico-químicos.
Com toda a discrição que o caso requer, o perito não emitiu qualquer juízo sobre a autenticidade da obra até que a perícia seja concluída, privilegiando, para além dos titulares ou galeristas, a obra.
Aguardemos então as cenas dos próximos capítulos…