Astrid Fontenelle e o filho, Gabriel, participaram desta sexta-feira, dia 9, do programa da Fátima Bernardes. Por lá, a apresentadora, que é mobilizadora da campanha Criança Esperança deste ano, relembrou a visita a um projeto que abriga crianças e adolescentes em São Paulo e se emocionou ao falar sobre a adoção do filho, que está com 11 anos de idade.
– Eu tinha uma vontade muito grande de ser mãe. Não tinha inveja de querer ter barriga, nada disso. Queria ser mãe e sempre achei que fosse adotar, desde garota, explicou ela para Fátima Bernardes.
A jornalista, então, quis saber como aconteceu o processo de contar para Gabriel que ele era adotado. Ao lado do filho, Astrid disse que a conversa aconteceu cedo:
– No processo de adoção, umas das primeiras coisas que te perguntam é: Você vai contar para seu filho? Porque houve um tempo que isso era escondido e não deu certo. Evidente que você conta. E eu conto para ele sempre que há necessidade. Contei na primeira pegada dele: Você vai comigo, você é meu filho a partir de agora. Ele estava chorando e parou na hora que o peguei, porque eles precisam de afeto.
Ela também relembrou como aconteceu o processo de adoção do marido, Fausto, como pai de Gabriel:
– Eu estava recém namorando o Fausto, aí eu falava: ‘Não vai me namorar, não, porque estou em outra’. Era como se estivesse grávida de outro cara. Ele era mais novo e eu falava para ele conversar com os amigos mais velho para eles falarem para ele não entrar nessa roubada. Mas ele foi muito insistente, participou do processo todo. E eu chamava ele de namorado o tempo todo. Aí a criança num dia, com dois anos de idade, num shopping bacana em São Paulo, que estava vazio e no maior silêncio, a criança grita: Namorado! Ai eu falei, bom não vai dar para criança chamar de namorado né? É um pouco demais, disse aos risos.
A partir daí, Fausto e Gabriel passaram a ter uma relação como pai e filho:
– Então eu tive uma conversa com os dois e falei: Gabriel não dá para chamar o Fausto de namorado, ele é meu namorado. Seu, ele pode ser amigo! Você pode chamar ele de Fausto, Faustinho, de papai…fui pondo as opções.. Eu disse que ele poderia escolher como ele queria chamar e ele disse papai! E aí, vem uma coisa que eu não sabia, porque você parte para um segundo processo de adoção. O Fausto teve que adotar o Gabriel, porque até então ele era Gabriel Fontenelle de Brito, meu filho. Na carteira de identidade, só o nome da mãe. Aí, para ter o nome do Fausto, não sou eu que vou chegar ao cartório e pedir para acrescentar, é um outro processo de adoção.