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Caio Castro revela sofrer preconceito de atores veteranos: - Até hoje

Após três temporadas de Malhação, o ator conquistou o papel de protagonista em Ti Ti Ti. E ele relembra qual foi a sua maior dificuldade

Foto: Divulgação
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Caio Castro marcou presença no Vai Fernandinha e conversou com Fernanda Souza sobre sua carreira, que começou há dez anos em Malhação. Para quem não se lembra, o ator, que antes trabalhava como office boy, resolveu tentar a sorte em um quadro no Caldeirão do Huck, que iria escolher dois novos atores para entrar na nova temporada da novela teen. Ele relembra:

– Era uma sexta, tinha saído com os meus amigos, tinha 18 anos já. Aí cheguei sábado, aquela ressaquinha, não conseguia sair do sofá, aí comecei a ver Caldeirão do Huck, na época. Parece muita brisa falar isso, parecia que ele ia falar o meu nome, Caião, você que tá aí, se inscreve.

Tendo conseguido a oportunidade de participar do quadro, Caio pegou 200 reais emprestado do pai e foi de ônibus até o Rio de Janeiro, onde foi pegando caronas até conseguir chegar no Projac.

– Desde quando eu saí de casa… parece muita doideira falar isso, mas eu não tinha dúvidas (que ia ganhar), contou.

Após três temporadas de Malhação, o ator conquistou o papel de protagonista em Ti Ti Ti. E ele relembra qual foi a sua maior dificuldade:

– O mais complicado era que eu ia contracenar com pessoas que eu já via.

Nisso, Fernanda questiona o amigo sobre preconceito, que ele afirma rolar até hoje:

– Até hoje (rola preconceito). Eu já vi, por exemplo, leitura de novela. Mas vagabundo que sou, eu peço dispensa de fazer a preparação lá, porque eu gosto de fazer à minha maneira, então eu chego na leitura e com o personagem já cheio de coisa. Então eu já chego com várias possibilidades para os diretores darem uma olhada e falarem o que eles gostam mais. Então tudo o que eu tenho eu praticamente não faço filtro nenhum, chego na leitura e vomito. E os atores das antigas ficam Vai, vamos ver.


E ainda concluiu:

– Eu achava gozado, por que era a troco de que? As pessoas chegam nos lugares de maneiras diferentes. E aí quando eu vinha com um personagem meu, quase construído e começava a vomitar assim, as pessoas ficavam falando Filho da puta. (…) Algumas pessoas chegaram em mim e falaram assim Vou te falar uma parada, pensava várias coisas erradas, tinha muito preconceito mesmo, não sei por quê. E eu falava Eu também não sei por que, até porque a gente nem se conhecia, prazer!