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Cantor mirim no Sambão e grávida desfilando: veja o que marcou o primeiro dia de desfiles no Carnaval de Vitória

Agito e surpresas foi o que não faltou para os capixabas que assistiram ao desfie das escolas de samba no Sambão do Povo, em Vitória, nesta sexta-feira (29). Veja o resumo dos desfiles

Cantor mirim chamou a atenção Foto: Deivid Dantas

O primeiro dia do Carnaval de Vitória 2016 levou muito samba, agito e surpresas para os capixabas que assistiram ao desfie das escolas de samba no Sambão do Povo, em Vitória, nesta sexta-feira (29).

A primeira escola a pisar na avenida foi a Chegou o que Faltava, que contou a história do Caboclo Bernardo. Os foliões foram surpreendidos com o grito de guerra da escola, puxado por uma voz mirim. E por falar na criançada, o mestre de bateria da agremiação contou com a ajuda especial de um mestre de bateria mirim.

Já a segunda escola a pisar no pavilhão, a Imperatriz do Forte, trouxe a África para o Sambão do Povo e levou os foliões a loucura com a apresentação da capoeira. A velha guarda abandonou os trajes tradicionais, com paletó, para dar lugar a roupas temáticas à África. As camisas dos interpretes deram lugar às pinturas artísticas.

A gravidez não a impediu de desfilar Foto: Deivid Dantas

E a Independentes de São Torquato trouxe a magia do folclore brasileiro, com direito a carro alegórico de saci com cachimbo e fumaça na avenida. A comissão de frente, formada por crianças, cantou e encantou o público com as acrobacias acompanhadas de muita brasilidade.

Destaque no carnaval carioca, Neguinho da Beija-Flor virou samba-enredo no carnaval capixaba. O intérprete da Beija-Flor de Nilópolis foi tema da escola de Caratoíra, a Chega Mais, quarta agremiação a desfilar. O público foi ao delírio com a participação especial de Selminha Sorriso, porta-bandeira da Beija-Flor. Com todo encanto dos contos de fadas, a Andaraí foi a sexta escola a pisar no Sambão do Povo.

O enredo “Era uma vez…” resgatou as princesas e bruxas da literatura infantil, com direito a uma ala de passistas fantasiadas de Branca de Neve sob o comando da própria princesa e do príncipe. A tradicional ala das baianas veio vestida de um personagem famoso da literatura brasileira: Emília. A Andaraí também colocou uma ala coreografada na avenida para animar ainda mais o público. Destaque para o primeiro casal de mestre sala e porta bandeira, que vieram acompanhados dos guardiões.

Figuras mirins impressionaram Foto: Deivid Dantas

O congo invadiu a avenida com a Tradição Serrana, sétima escola a pisar no pavilhão. A comissão de frente trouxe as cores do Espírito Santo em uma bandeira que saía de dentro de uma oca. A figura do leão no primeiro carro alegórico anunciava aos foliões o espetáculo que vinha pela frente com direito à a ala de instrumentos do congo. A animação foi tanta que até uma japonesa caiu na folia e virou destaque de chão. Duas alas homenagearam São Benedito e nossa senhora do Rosário.

A nação de Angola chegou com a Novo Império e levou o público ao delírio. O ponto alto da agremiação foi a passagem da bateria imperiana pelo Sambão do Povo, que agitou os foliões com as coreografias e as famosas ‘paradinhas’. Destaque para a rainha de bateria, Rayane Rosa, que atravessou o pavilhão tocando tamborim. O símbolo da escola, a coroa imperiana, veio nas mãos da Mãe África, representada em um carro alegórico. O jogo de luzes e fumaças marcaram o desfile da penúltima escola.

A Rosas de Ouro encerrou o primeiro dia de desfile das escolas de samba. A agremiação aproveitou a folia para fazer um apelo em uma ala. Com vários cartazes, a Rosas de Ouro pediu pelo fim da intolerância religiosa e o fim do genocídio de negros.