Se por volta das 15h de domingo, dia 10, você tivesse a intenção de chegar ao estande da Vult na Beauty Fair, dificilmente teria êxito. O evento, que reuniu no Expo Center Norte, em São Paulo, as principais marcas de cosméticos, também serviu de ponto de encontro entre fãs e as maiores celebridades do momento. Dentre elas, Fiuk, que aglomerou admiradoras para lá de entusiasmadas ao redor do espaço destinado à marca brasileira na feira.
Depois de sessões de fotos em série, saídas à varanda do estande para saldar o público, mais fotos e entrevistas a diversos canais de TV, o ator de A Foça do Querer também conversou com o ESTRELANDO sobre o momento de prestígio que vive na carreira artística. Talvez fruto de duas letras que o ator decidiu tatuar em cada uma das mãos recentemente: um f na direita, escrito pelo pai, Fábio Jr., e um é na esquerda, feito pela mãe, a artista plástica Cristina Karthalian.
– Eu tenho muita fé. Eu acho que sou meio meu pai, meio minha mãe. Cada um me ensinou uma coisa muito bem e eu aprendi a ter fé com eles também. Então foi uma homenagem a eles e à fé, para eu sempre lembrar que a ela só existe quando uma mão ajuda a outra, explica Fiuk, que acredita que ganharia mais dinheiro expondo a vida.
O ator também comentou como foi participar de uma das cenas mais impactantes da novela, a revelação da transexualidade de Ivana à família. Para ele, Ruy, personagem que interpreta na trama de Glória Perez, não sentiu que naquele momento a irmã falava algo sério. Encarou como um surto ou uma revolta dela.
– Ele está sentindo mais agora. Está começando a pensar que pode ser outra coisa, que a transexualidade é uma verdade. Até então ele não conhecia isso, explica.
Mas será que para um cara tão ligado à família como Fiuk, encenar a indiferença de Ruy com a irmã não causaria algum mal-estar? De acordo com o ator, não tem como defender o personagem. É preciso estar ali de corpo e alma, embora aconteçam ressalvas.
eve uma cena ou outra que eu falei para o diretor: Pô, cara, tem certeza que é isso? Aí a gente tem que lembrar que uma coisa não tem nada a ver com a outra. Mas às vezes gera um mal-estar mesmo porque estamos tratando de coisas que acontecem. Teve um cara que trabalhou comigo que só assumiu que era gay e aí o pai já expulsou de casa. Ver isso de perto é muito mais difícil do que ouvir dos outros, pondera.
Outro ponto de tensão na novela gira em torno da personagem de Ísis Valverde, a Ritinha. Dissimulada, mas sonhadora, inocente, mas calculista, a contraditória esposa de Ruy também é um incógnita para Fiuk, que, para ele, tem tudo a ver com a profecia indígena apresentada no início da trama.
– A Ritinha está relacionada aos índios, com o que aconteceu lá atrás.Ela é o preço dessa coisa mística. Então, já que ela está aqui para cumprir um mandamento, eu acho que isso foge um pouco da questão de ser boazinha ou não. Eu também não consigo definir. Tem horas que eu falo: Cara, essa Ritinha não vale nada. E tem horas que eu falo: Pô, como ela é fofa, analisa.
Depois de atender à imprensa, o ator deixou a teledramaturgia de lado para subir ao palco em um pocket show programado para alguns fãs dentro do estande. No repertório, 20 Poucos Anos e Só Você, de Fábio Jr., além de composições próprias. Já podemos esperar alguma turnê?
– Acabando a novela. Nossa! Eu estou com sede, estou morrendo de saudade, diz o Fiuk cantor, com um sorriso de ponta a ponta.