Há 15 anos na estrada, a banda Macucos faz parte da história de muitos capixabas com músicas como ‘Além do Mar’, Mãe Natureza’, ‘Haverá’ e ‘Meu Mar’. Macucos, que conquistou o público com sua participação no Superstar, construiu várias parcerias de sucesso: Armandinho, Tati Portella (Chimarruts), Alexandre Carlo (Natiruts) e Marcelo Mira (Alma D’jen).
Para resgatar grandes músicas e apresentar as novas produções, a banda estará no Shopping Vitória neste domingo (24), das 18h30 às 20 horas. Macucos vai encerrar o SV Music Lounge by Jovem Pan.
O jornal online Folha Vitória conversou com o guitarrista Xande Mendes que revelou quais são as novidades para 2015.
Como começou sua trajetória?
Final dos anos 90 e início dos anos 2000, completando 15 anos. Começou bem informal, com luau. As pessoas incentivaram, começamos os ensaios e priorizamos a música autoral. Pouco tempo depois nós gravamos um disco. A gente teve um grande resultado técnico com Val Martins e o disco nos levou para Sony Music, aí começou o ‘boom’ no Espírito Santo. A banda se separou porque não conseguimos nos consolidar no Brasil e começaram os conflitos. Voltamos à formação original há cinco anos e gravamos músicas inéditas e um DVD.
Quais são os projetos para o futuro?
A gravação de um disco inédito, com uma pegada bem diferente do que fizemos. As composições estão vindo diferentes. Cerca de 80% das músicas agora são do Fred [vocalista] e nós compramos a ideia. Tem tudo a ver com nós. É uma maturidade da banda, musicalmente a galera está melhor. Querem lançar no segundo semestre desse ano e já começamos a gravar.
Como foi participar do Superstar? Acredita que os reality shows musicais ajudam os artistas?
Quando aconteceu, a gente pensou “será que temos que ir? Já temos 15 anos de história, um legado. Vamos debater com bandas que não conhecemos”. Saímos daqui cientes de que seríamos julgados. Não conseguimos mostrar o que somos. É uma grande janela, uma grande porta. Tem aquele show da mídia, precisamos dar retorno, fazer um grande show. Existe uma grande injustiça entre o autoral e cover.
Qual a importância da música em sua vida?
A gente vivia de musica, hoje não. A gente tem buscado meios e fontes para direcionar para a música. Hoje, a maioria tem filho e está com 30 e poucos, mas acreditamos muito. Acompanhamos o crescimento de inúmeras bandas que estavam atrás da gente e passaram por nós por terem ido atrás de um grande centro. A gente paga o preço por ter ficado aqui. As pessoas questionam isso e perguntam porque não estouramos. Todos nós seguimos outras profissões.
Qual sua opinião sobre a divulgação musical no Espírito Santo?
Acho que nós estamos muito atrás. É diferente de estarmos em São Paulo e Rio de Janeiro e respingar dentro do Brasil. No Espírito Santo vendemos 30 mil, tocamos no litoral e conquistamos Minas Gerais porque o pessoal vem aqui. Estourar aqui não significa ir para o Brasil. Diferente do Rio Grande do Sul, como Armandinho e Chimarruts que respigaram para todo o Brasil.
O que vai ter no repertório?
O que a gente sempre faz. Já começamos a mesclar algumas músicas do disco novo, que não são as principais para fazer surpresa, e os principais hits antigos como ‘Haverá’ e ‘Além do Mar’.
O que achou dessa ação promovida pelo Shopping Vitória e Jovem Pan?
Acho muito bacana e precisamos disso. Vivemos um momento muito difícil, dependemos da Internet. O ao vivo é fundamental para trazer o pÚblico para perto de você. Fica “a deixa” pra fazer outras vezes.
Mande um recado para o público que vai te assistir.
“A gente vai encerrar o projeto, compareça! Estaremos com hits novos, quero todo mundo lá cantando com a gente”.