A história de vida de Elvis pode ter sido motivo de várias obras ao longo do tempo. Mas isso não significa que novas produções de sucesso não vão aparecer – e encantar. Este é o caso de Elvis: A Musical Revolution, que chegou ao Teatro Santander, em São Paulo, na quinta-feira, dia 1º, com grande elenco. Na coletiva de imprensa que apresentou o espetáculo aos veículos, algumas cenas da peça foram apresentadas, com performances ao vivo de Leandro Lima, Daniel Haide e Robson Lima – sim, eles cantam todas as músicas! Além disso, detalhes do cenário e dos icônicos figurinos do Rei do Rock foram apresentados. Quer saber todas as novidades? Basta seguir nesta matéria!
O musical já é um sucesso nos Estados Unidos e na Austrália, e agora chega ao Brasil para somar a esses países. O texto base é o mesmo, mas com um toque de Miguel Falabella – o veterano do mundo artístico quis adaptar o musical e transformar a história de Elvis Presley em um pesadelo em Vegas, em suas palavras. Ele não pôde escolher quais músicas compõem o espetáculo, portanto as músicas apresentadas são as mesmas em todo o mundo:
– Eu mexi na concepção, eu pude reorganizar, mas eu não pude escolher as músicas, eu não tive essa opção. O Elvis não só é um homem que tem a importância musical, tem uma importância de ter libertado os homens, de ter trazido um novo comportamento, mas principalmente eu acho que nesse espetáculo e na nossa montagem eu fiz questão de realçar essa ponte que ele faz entre a música negra e traz a música negra numa época em que os negros não podiam ser ouvidos, não podiam ser tocados na rádio. Então, na verdade, a gente lança uma luz e esclarece isso ao público, porque tem muita gente que não sabe de qual fonte, entendeu? E a gente mostra com muita clareza de onde foi, que de fonte foi.
Acredita que a adaptação do musical foi todo pensado a partir das roupas das vedetes? Pois é! Falabella não sentiu que o ritmo da versão dos países estrangeiros traduziam muito bem a realidade que Presley viveu, então pediu para a figurinista criar uma roupa para as show girls e assim foi o ponta pé inicial:
– O Miguel começou a ter ideia desse figurino pelas coristas. A gente foi pesquisar e é uma paixão que é dele e que eu também tenho e são as vedetes, então a pesquisa foi muito nas vedetes atemporais aqui e o primeiro figurino que ele conversou com a gente foi esse dessa última cena. Então assim, a escada que é uma inspiração para elas poderem mexer subir essa escada com todo o glamour e eu sinto muito feliz com o resultado, eu espero que vocês gostem.
Os figurinistas afirmam que em momento algum eles quiseram copiar as roupas de Elvis, e reforçam que em todos os figurinos usados por Leandro Lima e Daniel Haide – com exceção do clássico macacão branco e a roupa do especial de 1968 – o público consegue ver de onde partiu a inspiração, mas não uma cópia:
– O Miguel seleciona muito essa parte, ele sempre teve a ideia de Las Vegas e a gente misturado com as referências históricas, então a gente bebeu do histórico e transgredir um pouco no Las Vegas para o universo não realista assim, mas no Elvis a gente não quis fazer uma cópia propriamente dita, né, mas existem roupas icônicas que a gente não pode mexer, como o macacão branco para a gente ter fazer uma réplica fiel que a gente entendeu que caberia no show e o especial de 68. Mas os outros todos vocês vão identificar o look e vamos ver que tem uma releitura ali. Nossa tem uma pitadinha do nosso, da nossa história.
Apesar de ser Elvis Presley no teatro, Leandro Lima nunca tinha atuado em um musical até ser escolhido para integrar o elenco de Elvis: A Musical Revolution. O astro de Pantanal e Terra e Paixão colocou o quadril para jogo e encarnou o Rei do Rock no palco, apresentando músicas como Jailhouse rock – e surpreendeu ao soltar a voz com timbre de Presley.
Para alguém que interpreta o astro tão bem, espera-se que ele seja um fã assíduo do cantor, certo? Errado! Lima confessou que quem introduziu a música de Elvis em sua vida foi sua primeira namorada:
– Minha primeira namorada que era tipo completamente fora do tempo do Elvis, era muito fã, tinha pôster do Elvis em casa, tal. Foi o primeiro contato que tive com ele visualmente e ela por estar apaixonada e ser super fã do Elvis, ela começava a achar. Essa foi a primeira vez que alguém disse que eu parecia com ela, ela falou assim: você parece com ele, quando você canta o grave parece e o rosto parece, né? Eu falei para ela: não pareço, mas você é apaixonada por ele, eu acho isso ótimo porque ele é um homem muito bonito. Enfim, é o Elvis Presley, é aquela história o primeiro superstar do mundo e eu tendo ido à Graceland a gente vê a dimensão do Elvis e é uma igreja, as pessoas têm uma devoção imensa, existe essa responsabilidade também.
Já Daniel Haide, que alterna o papel de Elvis Presley com Leandro, não escondeu que desde muito novo ouvia os discos do Rei do Rock. E um dos produtores até entregou que o ator tem uma foto usando o macacão branco do cantor quando tinha apenas 13 anos de idade:
– Desde muito novo, eu sempre gostei muito da música, gostei muito da figura, eu sempre achei ele uma figura muito interessante. Eu toco o violão desde dos 10 para mim foi uma coisa conjunta assim começar a tocar violão e começar a tocar Elvis, era dois lados da mesma moeda. E sim, eu tenho uma foto com 13 anos já vestido com um macacão branco, então toda vez que eu me arrumo para a primeira cena do espetáculo, é não só revisitar a minha vida artística como Miguel, brilhantemente colocou, mas é me ver de uma maneira que eu já me via há muito tempo, mas agora com pedras bordadas na mão, então é muito diferente porque é a grandiosidade desse artista que estava comigo há tanto tempo.
E ainda temos Luiz Fernando Guimarães no elenco, que interpreta o empresário do músico, o infame Coronel Tom Parker. Para o ator, é uma diversão assumir o papel que lhe foi oferecido por Miguel Falabella.
– Eu estou fazendo um Coronel, dentro do personagem Coronel e claro dando tudo de mim porque eu entendo a minha assinatura como eu entendo de um cara que é um cara babaca, que é fofo que tem mil e uma facetas, eu acho muito interessante para atuar, trabalhar isso todo tempo ele debochado, ele é irônico, é sério, ele finge um certo sentimento. Às vezes o sentimento é real, é muito gostoso trabalhar com essas nuances e a gente vai aprendendo na vida, né?
O Teatro Santander foi reformulado para comportar o musical. As caixas de som, que geralmente ficam ao pé do palco, estão suspensas para não atrapalharem a experiência do espectador. O cenário do espetáculo é imenso, com mais de 200 degraus, 600 metros de LED programável, uma cortina de correntes metálicas e também artigos originais do acervo de Graceland, trazidos por Leandro Lima. Aliás, o show de luzes conseguem passar a essência de Las Vegas.
Elvis: A Musical Revolution fica em cartaz até o dia 1º de dezembro, apenas em São Paulo – sim, foi uma exigência ao reorganizarem o musical para a montagem brasileira.
E aí, ansioso para conferir tudo de perto?