O samba rock de Kalifa vai invadir a praça central do Shopping Vitória nesta segunda-feira (18) para animar o SV Music Lounge by Jovem Pan, das 18h30 às 20 horas. Dez bandas capixabas passam pelo happy hour no shopping.
Há oito anos na estrada, a banda é considerada uma das mais talentosas da nova geração de samba rock no Brasil e busca inspiração em grandes nomes: Seu Jorge, Bebeto e Jorge Ben Jor.
Em entrevista ao jornal online Folha Vitória, o vocalista da banda, Diego Lyra, contou sobre os segredos para conquistar o público capixaba.
Como começou a trajetória da Kalifa?
A banda já tem dez anos de caminhada e começou com um projeto na beira da praia entre eu e meu irmão. Mas ela surgiu, de fato, através da ideia de fazer esse som. Já são oito anos com essa formação. O nome da banda é em homenagem à praia onde tudo começou, que se chama Kalifa.
Costumo dizer que o samba rock escolheu o Kalifa, sempre tocamos o estilo livre e tivemos muita influência do samba e rap nacional. Todo mundo sempre curtiu a velha guarda do samba rock, como Seu Jorge e Jorge Ben Jor.
Quais são os projetos para o futuro?
Lançamos o disco ‘Sol’, e as músicas estão entre a mais pedidas da Jovem Pan, duas das cinco mais tocadas. Ainda estamos colhendo os frutos do álbum. Tem um videoclipe e música para lançar e que devem sair com exclusividade pra Jovem Pan. Em dois meses devemos lançar.
Qual a importância da música em sua vida?
Venho de uma família de músicos, meus primos participaram da primeira edição do Festival de Alegre. Foi relativamente fácil me encontrar, meu irmão foi minha grande inspiração, autodidata, canta e toca. Hoje, eu vivo exclusivamente da música e para a música. O Kalifa funciona e quase que a totalidade dos músicos vivem para a banda. As viagens para fora do Estado tem dado uma alavancada boa.
Acredita que os reality shows musicais ajudam os artistas em geral?
Vou ser bem sincero, se tratando de merchandising e publicidade é bacana. Mas há uma dualidade e acredito que hoje todos os artistas, inclusive os que trabalham na cena independente gostariam de participar. Vale a pena escolher qual participar. É uma visibilidade, válvula propulsora para o artista. Você deve conseguir se comportar, manter as características da banda e manter a personalidade. Se fosse com a gente, nós manteríamos um trabalho autoral.
Qual sua opinião sobre a divulgação musical no Espírito Santo?
Falta um pouco de movimento dos próprios artistas. Há muita reclamação e pouco envolvimento. A gente não espera a mídia vir até a gente, a gente procura se movimentar, produzir e realizar. Falta um pouco disso. A divulgação tem demanda, tem mercado e tem público. Os veículos acabam sendo engessados, tem diretrizes, questões financeiras e pauta a seguir. O artista tem que se posicionar, tem que procurar ser visto, tem que dar ensejo para virar manchete. Tem que trazer algo novo, irreverente e sério para mexer com as pessoas.
O que acha da ação realizada pelo Shopping Vitória e Jovem Pan?
Tudo que fomente a cultura e a arte é fundamental para que o movimento seja contínuo. São duas vitrines grandes, o shopping é o maior centro de comércio e a Jovem Pan é maior rádio pop. Está bem bacana, vai surpreender a galera!
O que vai ter no repertório da Kalifa?
Principalmente as músicas da banda, que a ‘galera’ pede como ‘Rainha do Sol’, lançada em 2013, que ficou entre as cinco músicas mais ouvidas. A cada dia gente coloca mais músicas do álbum ‘Sol’ e o público está pedindo mais. Também vai ter músicas dos grandes artistas: Bebeto, Seu Jorge, Jorge Ben, Chico Buarque e, claro, algumas surpresinhas.
Mande um recado para o público que vai assistir Kalifa.
Que todos vocês venham e aproveitem essa oportunidade maravilhosa! A gente vai estar lá curtindo. Vai ter muita música boa, som capixaba e ao vivo. Vem para cá!