A solidez do concreto e a sobriedade das retas se destacam na obra da Casa Cubo, projeto que explora as possibilidades ao trabalhar com a simplicidade das formas.
O Studio MK27, que assina o projeto, adota uma filosofia de “manter a arquitetura simples”, que se expressa nessa construção.
Ainda assim, segundo o arquiteto Gabriel Kogan, a Casa Cubo é uma espécie de antítese aos projetos anteriores do estúdio: “em vez da procura pela beleza por meio de proporções leves e esbeltas, aqui a ideia foi desenhar usando a massa e peso”.
Kogan explica que não há “jogo” de volumes, mas sim um grande bloco de concreto com aberturas traçadas nas fachadas, resultado de processos de subtração de materiais.
No térreo, a sala constitui um embasamento em negativo que faz a casa se suspender quando as portas deslizantes de chapas perfuradas estão abertas.
“Assim a área coletiva se prolonga em continuidade ao exterior e a fatia inferior subtraída expõe então a estrutura de esbeltos pilotis redondos”, descreve o arquiteto.
Nos pisos superiores, o concreto reafirma a sua densidade, sendo rompido apenas por aberturas na fachada formando as janelas.
“A Casa Cubo cria um diálogo com a tradição da arquitetura moderna de São Paulo – o brutalismo de arquitetos como Paulo Mendes da Rocha e Vilanova Artigas. Mas a aspereza radical das obras dos anos 60 decanta aqui em espaços macios que priorizam, ao contrário dos projetos antecessores, critérios como o conforto, funcionalidade e habitabilidade”, acrescenta Gabriel Kogan.
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