O ex-BBB Diego Bissoloti Gasques, conhecido como Diego Alemão, foi indiciado, pela Polícia Civil de Curitiba, pelos crimes de embriaguez ao volante, lesão corporal, ameaça e desacato.
Segundo o portal Ric Mais, a data de conclusão do inquérito é desta quarta-feira (20) e ainda não foi aceita pelo Ministério Público do Paraná (MP/PR).
Alemão chegou a ser preso, no dia 14 de abril, após se envolver em um acidente de trânsito na capital paranaense. Segundo o documento, ele se negou a realizar o teste do bafômetro, agrediu e ameaçou o motorista do outro veículo e desacatou os policiais militares que atenderam a ocorrência.
Após pagar a fiança de R$ 7 mil, ele deixou a Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran).
No inquérito, o delegado responsável pela investigação aponta que apesar de ter se negado a realizar o teste de bafômetro, a celebridade apresentava sinais visíveis de embriaguez como “hálito etílico, andar cambaleante, fala enrolada, olhos avermelhados e desordem nas vestes”.
O ex-BBB alega que estava se preparando para viajar para São Paulo e que perdeu o controle de seu carro quando mexia no celular e não porque estaria embriagado.
Tentativa de extorsão
Ainda de acordo com o Portal Ric Mais, no dia 20 de abril, Diego Alemão e seu advogado de defesa Jeffrey Chiquini retornaram a delegacia, mas desta vez para realizar um boletim de ocorrência contra o motorista do outro veículo envolvido na colisão.
Em coletiva de imprensa, o ex-BBB afirmou que, no momento do acidente, ele e o outro condutor, que teve o carro danificado, fizeram o acordo de que Alemão iria transferir R$ 4 mil para o conserto. Entretanto, logo após a transferência bancária, o motorista teria exigido mais R$ 3 mil para não expor o acidente para a imprensa. Mesmo contrariado, conforme o relato, ele realizou a transferência. A Polícia Militar teria chegado na sequência.
No dia 22 de abril, uma das testemunhas que gravou o acidente e seus dois advogados foram presos por tentativa de extorsão. Eles teriam procurado a defesa de Diego Alemão para informar que possuíam imagens comprometedoras do ex-BBB e queriam o valor de R$ 50 mil para não divulgá-las. Além disso, se propuseram a testemunhar a favor da celebridade caso a defesa achasse pertinente. Os três suspeitos foram soltos dois dias depois, mas o caso segue em investigação.
O advogado Ygor Nasser Salah Salmen, que representa o motorista de aplicativo envolvido no acidente, informou, por meio de nota, que considera o indiciamento de Diego Alemão como assertivo e ainda declarou que o ex-BBB tentou tumultuar as investigações policiais ao realizar os boletins de ocorrência por extorsão.
O que diz a defesa do ex-BBB
Chiquini declarou que irá aguardar a aceitação ou não da denúncia pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e antecipou que têm “amplas e vastas provas da inocência de Diego Gasques em relação a todos os fatos a ele imputado”.
“Temos provas de que Diego Gasques não agrediu aquele motorista de Uber e, inclusive, foi extorquido por aquele motorista”, disse.
O advogado de defesa também afirmou que o morador que filmou a confusão após o acidente não entregou todas as imagens capturadas pelas câmeras de segurança.
“Guardando consigo a totalidade daquelas filmagens, por orientação de seus advogados, para em um momento posterior também extorquir Diego Gasques. Além disso, […], preso em flagrante junto com seus advogados pelo crime de extorsão, disse que presenciou Diego Gasques ser extorquido pelo motorista de aplicativo”.
Sobre a acusação de dirigir embriagado, Chiquini pontua que um médico perito analisou as imagens e concluiu que o ex-BBB não estava bêbado.
“O que se tem no presente caso é uma falsa representação da realidade. Confundindo a exaltação de ânimo de Diego, que foi vítima de crime de extorsão, com embriaguez ao volante”.
* Com informações do Portal RIC MAIS / R7.com