O cineasta Ramon Luz, natural de Montanha, no extremo norte do Espírito Santo, lança seu primeiro documentário nesta quinta-feira (28), no Cine Metrópolis, na Ufes. Com o título “Familiar Face”, a sessão gratuita acontece às 19 horas e seguirá com debate após a exibição.
A sessão especial acontece com o apoio do grupo de pesquisa Cultura Audiovisual e Tecnologia (CAT), da UFES. Está será a segunda parada de “Familiar Face” no Brasil, já que o filme fez sua estreia em solo brasileiro na cidade de Montanha na última segunda-feira (18), em cinco sessões gratuitas no Teatro Municipal da cidade onde nasceu e cresceu o diretor.
No próximo dia 2 de dezembro, o documentário terá sessão especial também em Linhares, no Cine Ritz Conceição. Nesta sessão, que também terá debate, todos pagam meia-entrada. Ramon vive em Berlim desde 2017, quando ganhou uma bolsa internacional para desenvolvê-lo.
Familiar Face
Seguindo contra sua vontade o plano secreto de seu pai, Habibti foge da guerra na Síria para a Alemanha em 2015. Emocionalmente abalado pela viagem e ameaçado no novo país por causa de sua identidade, ele é surpreendido pelos vários significados que a palavra família pode ter.
Esta é a narrativa de “Familiar Face”, que foi gravado entre julho e setembro de 2017 em Berlim sob a direção de câmera de Harebell Suzuki, com captação de som de César Jório, Makis Asimakopoulos e Simon Peter, edição de Thiago Lula, concepção de Christian Ernst e design de Cainã Morellato e Alexandre Gadioli.
O apoio internacional veio da Fundação Alexander von Humboldt por meio do programa German Chancellor Fellowship, amadrinhado diretamente pela chanceler Angela Merkel, e da organização sem fins lucrativos alemã Zeitpfeil. Ramon é o primeiro capixaba a ganhar essa bolsa.
Filmando no Espírito Santo
“Familiar Face” não é a primeira incursão de Ramon Luz no mundo do documentário. Em 2016, buscando aprofundar a cobertura sobre o impacto do desastre de Mariana na foz do Rio Doce, ele gravou o web-doc “Doce Senhora do Rio”.
No vídeo de cerca de 3 minutos de duração, Dona Alda, matriarca que criou filhos, netos e bisnetos na vila de pescadores de Regência, conta como se sentiu e sente em relação à chegada dos rejeitos de minério à porta de sua casa. A Associação Brasileira de Jornais (ANJ) e a Google Brasil premiaram o filme e Ramon teve a chance de participar de um workshop sobre produção de vídeo na sede do Youtube em São Paulo com tudo pago.
Veja: