Artigo

Educação em declínio: conseguimos reverter esse quadro?

Existem centenas de projetos de educação no ES que trabalham com crianças e adolescentes de escolas públicas, oferecendo oportunidades

Foto: Freepik
Foto: Freepik

Artigo escrito por Ana Cláudia Simões, CEO da Ativo Consultoria

Há 23 anos trabalhando com projetos sociais, focando no desenvolvimento humano e social foi assustador ler a notícia que dentre 4.32 milhões de inscritos apenas 12 (doze) estudantes alcançaram nota 1.000 (máxima) no Enem em 2024 ao elaborar uma redação. Uma queda em 80% quando comparado a 2023.

De certa forma, tentando identificar alguma estratégia de solução, fica mais do que claro o foco que deve ser dado aos coordenadores de ONGs e projetos sociais: educação!

Quando a capacidade de cognição e comunicação fica comprometida, é tempo de repensar as estratégias, pois estes são os diferenciais valiosos dos seres humanos.

Estratégias devem buscar empatia e engajamento

As políticas públicas e as sociais privadas precisam se debruçar em estratégias que causem maior empatia e engajamento de crianças e adolescentes com o processo educacional formal.

Alunos estão sendo “consumidos” por siglas, gírias e expressões das redes sociais e quando precisam dissertar com coerência e defender pontos de vistas mais desafiadores, não dão conta.

Foto: Acervo pessoal

O cenário assusta mais ainda quando vemos que dentre os 12 que atingiram nota máxima, apenas 1 estudava em escola pública.

Competências revelam o que precisa melhorar

As 5 competências exigidas na redação, cujos estudantes demonstraram não dominar, sinalizam claramente pontos que podem e devem ser trabalhados em todo e qualquer projeto social que tem a intenção de colaborar com a educação formal e aumento do nível de escolaridade, são eles:

  • Ampliação de vocabulário;
  • Interpretação de texto;
  • Ampliação da cultura geral a partir de dados históricos;
  • Fluência escrita;
  • Criatividade.

Existem centenas de projetos no ES dispostos a trabalhar com crianças e adolescentes de escolas públicas, oferecendo oportunidade de aprendizado complementar como reforço à educação formal.

É hora de os pais mapearem estes projetos e matricular seus filhos e das empresas aportarem seus recursos de investimento social privado.