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Em biografia, Sula Miranda diz que foi acusada por crise em casamento de Silvio Santos

Apesar de ter apenas 200 páginas, o livro traz uma abordagem resumida, mas consistente da trajetória de três décadas de sucessos da cantora Sula

Sula já foi apontada como pivô da crise no casamento de Silvio Santos e Iris Abravanel Foto: Reprodução/Instagram

Lançada em abril, a autobiografia de Sula Miranda expõe detalhes sobre a vida e a carreira da cantora e explora a relação dela com a religião. Sempre reservada, no livro ela conta em primeira mão detalhes sobre o suicídio do marido Luis Flávio Rocha, em 1990, e assuntos pouco conhecidos dos fãs, como a luta dela pela vida nos primeiros meses após o nascimento e a participação no programa Qual é a Música?

Com o título De Rainha a Serva de Deus, a publicação resgata passagens polêmicas da vida da cantora. Como por exemplo o período no qual ela foi apontada como pivô da crise enfrentada no casamento de Silvio Santos e Iris Abravanel. 

Apesar de ter apenas 200 páginas, o livro traz uma abordagem resumida, mas consistente da trajetória de três décadas de sucessos de Sula. Do início da carreira como integrante do grupo As Melindrosas, ao lado da irmã Gretchen, à transformação de cantora e ícone sexual do sertanejo, está tudo ali compilado em histórias contadas em primeira pessoa. Na entrevista a seguir, a cantora comenta as principais histórias presentes na autobiografia

R7 — Você cita que teve uma saúde frágil na infância. Como foi enfrentar toda essa batalha no início da vida?

Sula Miranda — Com relação aos problemas de saúde na infância, eu não tinha muita noção porque era recém nascida. Mas depois, entendi que desde o momento em que nasci, luto muito pela minha vida e isso me tornou uma pessoa determinada.

R7 — No livro, você revela os trabalhos que teve antes da fama. De onde veio essa força de vontade para trabalhar e sempre buscar o melhor para você, pessoalmente e profissionalmente?

Sula Miranda — Primeiro eu fiquei famosa participando do conjunto As Melindrosas. Parei e fui trabalhar na relojoaria A Suissa. E depois voltei como Sula Miranda, em carreira solo. Essa garra e essa força vem de família. Minha mãe é forte. Nós somos de uma família de mulheres guerreiras. É de criação que vem essa coragem e essa força.

R7 — Você participou do Qual é a Música durante um tempo. Como isso impactou sua carreira?

Sula Miranda — Participar do Qual é A Música foi fundamental. Foram duas fases. Em um primeiro momento, eu saí das Melindrosas e participei como funcionária. Era novinha, tinha 18 anos e era uma das cantoras, com o Djalma Lucio e Ronei. Serviu como aprendizado. Na segunda fase, foi quando eu participei já famosa. Silvio Santos é o padrinho da minha carreira. Fui vencendo as etapas do programa e isso foi importante para que eu ficasse famosa logo no primeiro trabalho.

R7 — Você é cantora, apresentadora e empresária. Imaginava ter uma atuação tão diversificada na área artística? Como foi lidar com tantas funções que exigem talentos diferentes?

Sula Miranda — Olha, eu me sinto uma pessoa muito privilegiada. Nem todos os artistas conseguem ter tantas oportunidades diferentes como eu tive. Comecei cantando música infantojuvenil. Depois migrei para a carreira de música sertaneja. E sempre bem sucedida. Quando as portas foram se abrindo, não deixei passar oportunidades. Quando surgem novos convites, encaro o desafio e dou o meu máximo. Foi com essa visão que consegui ser apresentadora de TV em programas diversificados. Isso trouxe uma bagagem para a minha vida pessoal e me ajudou a ser uma mãe multitarefa.

R7 — O seu marido Flávio cometeu suicídio sem um motivo aparente. Qual foi o impacto desse episódio na sua vida e carreira?

Sula Miranda — É delicado falar, porque é muito pessoal. Cada um tem seus desejos e carências, e só Deus pode saber realmente o que passou pela cabeça dele naquele momento. Vou morrer acreditando que foi uma fatalidade, um acidente. Ele não queria se matar porque era uma pessoa querida, boa. Não tinha motivos aparentes para que acontecesse isso. Tiro disso a lição de lutar muito pela minha vida. De só fazer o bem e não fazer escolhas erradas. Porque esse relacionamento foi fruto de uma escolha errada. 

R7 — Na década de 90, apontavam você como pivô da separação de Silvio Santos. Como lidou com essa história e quais problemas te causou?

Sula Miranda — Na época foi muito difícil. Era nova demais e estava no auge da minha carreira. Tinha acabado de realizar o sonho de ter um programa no SBT em horário nobre. Foi muito difícil viver essa situação, porque sou uma pessoa extremamente correta. Tenho valores. Não gostaria de fazer isso. Foi constrangedor. Mas aprendi com a lição. Depois as pessoas viram qual era meu caráter e não é à toa que tenho respeito dos meus fãs.

R7 — Ao contrário de muitas famosas que dão à luz e logo em seguida voltam a trabalhar, você se dedicou bastante ao seu filho. O que te levou a dar prioridade à maternidade?

Sula Miranda — Logo que eu tive meu filho, eu estava no ar com o meu programa na Manchete. E em vez de priorizar a carreira de cantora, preferi me manter como apresentadora, porque eu tinha a condição de ficar mais perto do meu filho. Quando casei com o José Augusto, larguei tudo e me dediquei só a ele. Meu filho tinha sete anos e fiquei um período de dois anos com ele. Parece que foi mais. Foi um ótimo momento para fortalecer nosso relacionamento.

Com informações do Portal R7.