Banida da natação e com sua reputação manchada, Rebeca Gusmão quase se jogou da varanda do apartamento em que morava em Brasília em outubro de 2013 — auge da polêmica envolvendo a carreira dela. A ex-atleta fez essa revelação em sua autobiografia, Virada Olímpica – a carreira, a queda e a superação (Ed. Alto Astral), ainda sem data de lançamento divulgada.
Em entrevista à coluna Retratos da Vida, do jornal Extra, Rebeca adiantou o trecho de sua vida até então desconhecido de seus pais.
— Cheguei em casa, joguei a bolsa no sofá, abri uma garrafa de vodca e fui para a parte de cima do apartamento, que era um duplex, e sentei num parapeito. Gostava de ver o sol se pondo dali. Neste dia, planejei tudo. Eu bebia e chorava, olhava as pessoas pequenininhas lá embaixo e jogava o corpo para frente. Pensava nos motivos da minha vida ter chegado naquilo.
Rebeca não teve coragem de se jogar da varanda, mas tomou uma mistura de tranquilizantes, veneno de rato e água sanitária logo depois.
— Eu não sentia nada. Tomei tudo como se fosse água. Só queria acabar com aquele sofrimento absurdo. A falta do esporte, minha separação, meu nome na lama. O que eu tinha a perder?
Doze horas depois, a ex-atleta foi encontrada pelo pai e pela irmã caída e em coma.
— O médico diz que não sabe como saí viva e lembro que acordei no hospital com muita raiva de mim por fazer meus pais sofrerem.
O dia 29 de outubro de 2013, data em que Rebeca planejou se matar, jamais será esquecido por ela, que hoje deu a volta por cima.
Grávida de seu primeiro filho, Zeus, a ex-peoa diz que seu livro, apesar de falar sobre seus momentos difíceis, tem um final feliz.
— Zeus vai chegar em breve. Minha vida é uma série de coincidências. Fiquei grávida no dia 2 de novembro de 2015, no mesmo dia em que oito anos antes, fui banida das piscinas. Não duvido que ele nasça dia 18 de julho, quando ganhei minha medalha de ouro no Pan [2007].
Com informações do Portal R7.