Emily Matte está no elenco de A Rainha da Pérsia, da Record, como Aria. A novela conta com a história de Ester, e mostra a trajetória desde a sua infância até a fase adulta, quando se torna rainha nomeada por Xerxes I, o rei da Pérsia. Em entrevista, a atriz compartilhou um pouco mais sobre a novela e deu detalhes exclusivos sobre sua personagem.
Dos palcos para televisão, Emily contou como foi a transição de um meio para outro:
Costumo dizer que o palco é o meu lar. Foi onde comecei e onde me sinto plena em todos os sentidos, porque o espaço de criação é maior e a resposta é imediata. Mas o audiovisual tem um lugar de precisão técnica diferente, afinal cada milímetro de expressão é ampliado, e existe uma linha muito tênue entre o pouco e o muito. Por isso, gosto de encarar as duas situações com a mesma premissa: atuação real e verdadeira. Seja no palco onde tudo pode ser maior, ou na tela onde preciso simplificar um pouco, penso sempre que precisa ser orgânico e crível. Se eu mesma não sentir que é verdadeiro, meu público também não vai, e o trabalho não vai funcionar. Então basicamente, trânsito entre dois pensando ser a mesma coisa, apenas com um ajuste de técnica aqui ou ali.
De acordo com ela, Aria é uma personagem que chegou com força e joga sem medo, ou seja, ela não perde tempo em agir, ela faz acontecer, até porque é forte e determinada:
Aria é uma mulher forte e determinada, que chega na história para ser aquele famoso calcanhar de Aquiles do Rei Xerxes. Ela é ofertada como presente por seu próprio pai em forma de pedido de desculpas, então só com esse ato vocês já podem esperar que não existe medo ou receio nas atitudes da família ou dela. Ela é uma dançarina grega, e usa a sensualidade a seu favor no Harém. Aria joga sem medo, sem receio. É ousada o tempo todo e não teme suas consequências, afinal dentro do Harém existe um instinto de sobrevivência entre as mulheres e cada uma luta por sua posição.
Emily aponta que foi difícil equilibrar as ações da personagem com suas características, já que Aria não é uma vilã. Para ela, foi um desafio encontrar uma forma de tornar sutil as atitudes dela para que o público pudesse passar um pano para ela:
Preciso deixar claro que Aria não é uma vilã. Embora algumas características possam parecer, ela não é. Então entendo que o principal desafio em construir e interpretar a minha personagem, tenha sido encontrar a sutileza nas atitudes dela para que as tornem justificáveis e compreensíveis para o público. Assim, consigo construir uma aproximação entre mim e eles também.
Essa não é a primeira participação da atriz em novelas da emissora, Matte também fez parte do elenco de Reis, e contou como foi a experiência do seu primeiro trabalho na televisão:
Reis foi meu primeiro trabalho na casa e na televisão. Fui chamada para interpretar Keren três dias antes de começar a gravar. Foi tudo muito rápido e intenso. Minhas emoções estavam a flor da pele, muita felicidade em ter recebido finalmente um sim depois de tantos testes negados na carreira. Por ser meu primeiro trabalho, era tudo novo, diferente e especial. Pisar no set me causava ao mesmo tempo que muito emoção e uma certa insegurança também, por ser a primeira vez. Fui conquistando a minha própria confiança no decorrer dos dias. Aprendi muito e sou eternamente grata por esse presente.
Agora em A Rainha da Pérsia, ela compartilhou que foi uma experiência totalmente diferente da anterior, e que sua confiança aumentou completamente:
Já agora em A Rainha Pérsia, por ser meu segundo trabalho na casa, a confiança e segurança é outra. Me sinto literalmente em “casa” e com minha família. Tudo é mais gostoso e mais divertido. O ofício se torna leve e prazeroso. A emoção em trabalhar com o que se ama continua viva aqui dentro, mas tem um lugar de mais leveza, e isso faz toda a diferença, principalmente nas telas.
Por fim, Emily contou uma experiência dos bastidores e ainda deixou um recado para outras companheiras de profissão:
Olha, vou compartilhar algo bem pessoal porque espero que artistas que estejam lendo isso não cometam o mesmo erro. – brincou ela – Sou muito ansiosa, muito mesmo, e normalmente minha imunidade cai bastante quando isso acontece. E para gravar a minha cena da dança, fiquei doente. Justamente porque era uma cena muito importante para mim. Tive febre, dor de cabeça, gripe, tudo. Gravamos horas e horas de externa noturna e no frio, liguei o automático e mágica aconteceu. Mas assim, queridos leitores, respeitem o tempo e o corpo de vocês, e principalmente: tenham calma.