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Empresa libera ‘cervejinha’ para funcionários durante expediente

As cervejas não são sem álcool e toda reunião criativa da agência tem por obrigação ser regada a bebida. A diretora da empresa disse que o fato da pessoa gostar de beber é um critério na hora da entrevista

Nas reuniões não pode faltar a cervejinha Foto: Divulgação/ Notícia Expressa 

Quem não gosta de tomar aquela cervejinha ao fim de um dia cansativo de trabalho para relaxar? Pensando nisso, uma empresa de assessoria de imprensa de São Paulo teve uma ideia para sempre passar essa sensação de ‘relaxamento’ aos funcionários: incentivar que eles consumam a bebida a qualquer hora durante o expediente! 

Miriam é a diretora da empresa e não deixa de experimentar os produtos Foto: Divulgação/ Notícia Expressa 

 E não é enganação!

A empresa é especializada na divulgação de venda de bebidas alcoólicas. “Nós temos muitos clientes no mercado de bebida como cerveja, vodka, cachaça, saquê, etc. Em um determinado tempo eu comecei a promover algumas degustações para os funcionários, mas determinava o horário e quantas garrafas poderiam ser abertas. Nós abríamos entre 16h e 17h para conhecer mesmo o produto”, contou a diretora da empresa Miriam Lago. 

Todos os colaboradores da empresa possuem a autorização e recomendação de Miriam para degustarem as bebidas a qualquer momento do expediente. E ela ainda garante que nunca houve excessos por parte deles, pois cada um sabe de seus limites e tudo é feito com moderação. Afinal de contas, apesar de toda liberdade, os profissionais sabem que ainda estão trabalhando, e não em um momento de lazer. “Com o tempo eu comecei a liberar porque não via problema. Os meus colaboradores têm total permissão para abrir o frigobar e tomar uma cervejinha a hora que quiserem. Nós fazemos isso há uns seis anos. Na verdade, cada um conhece os seus limites e nunca tivemos uma situação desagradável.”

O nível de produtividade dos meus colaborados aumentou muito depois que comecei a promover isso

As pessoas chegaram a pensar que a empresa de assessoria era uma fábrica. “Quando a primeira notícia sobre a empresa foi publicada, as pessoas pensavam que era uma fábrica de bebidas. Comecei a receber muitos currículos. Foi engraçado porque chegava currículo de telefonista, de gerente de RH, diretor financeiro, operador de máquinas, etc”, disse. 

Um caso inusitado aconteceu na última quarta-feira (9). “Chegou o currículo de um rapaz que dizia: ‘Miriam, acompanhei a matéria de vocês. Gostaria de ressaltar que faz 2 anos que não tomo bebida alcoólica. Mas se for primordial para a empresa que eu beba, posso voltar a beber’. Achei muito engraçado porque chega a ser um critério na hora da seleção, e quando eu olho para o candidato e pergunto se ele bebe e ele diz que não, já excluo do processo. Eu preciso que eles bebam para conhecer os produtos e para escrever sobre eles”. 

A criatividade dos funcionários aumentou significativamente. “O álcool dá um pouco de leveza e o nível de produtividade dos meus colaborados aumentou muito depois que comecei a promover isso. Eles trabalham mais alegres, mais criativos e me trazem mais ideias. A empresa não é aquele ambiente chato com café e água. Eu usei o comportamento e a criatividade deles como termômetro e, se não desse certo, iria cortar. Nós temos um clima de cumplicidade muito maior e as pessoas trabalham com vontade. Não tem interferência negativa no trabalho, muito pelo contrário. É tudo muito positivo”. 

Provavelmente esse método criado pela agência poderia ajudar outras empresas a extraírem o máximo de cada funcionário. A chance da ‘bebedeira’ dar errado existe por diversos fatores e, se você não trabalha para agência da Miriam, continuará esperando a sexta-feira chegar para tomar aquela cervejinha com os amigos!