O ensino tradicional muitas vezes se foca apenas no ato de aprender a escrever, e não costuma levar em conta o contexto histórico que deflagrou a busca pela leitura e pela escrita. O processo evolutivo que se deu desde a gênese da comunicação humana até as mais recentes metodologias de letramento literário e conquista do ato de escrever é o tema do projeto “A História das Letras, desenvolvido pelo Centro Educacional Infantil ABC do Saber.
O projeto, cujo objetivo é envolver os estudantes na percepção do significado e importância da aprendizagem da escrita e do ato de ler, incluiu dramatização – com decoração da sala de aula remontando o tempo das cavernas e os primórdios da comunicação na Idade da Pedra, com as primeiras formas de representação gráfica. A escola criou um ambiente com pedras e flores artificiais, mantendo o espaço mais frio e escuro, a fim de proporcionar uma atmosfera realista, para os alunos sentirem a luta do homem por se comunicar.
As crianças interagiram com dinossauros e, houve ainda a recriação de um vulcão, contemplando um experimento prático e ilustrativo dos cenários naturais que moldaram as civilizações primitivas. Atividades diversas foram executadas no intuito de reforço ao aprendizado das letras, de forma lúdica e interativa, ampliando o entendimento das crianças sobre os símbolos da escrita.
Os alunos descobriram que por trás da escrita há um processo de evolução cultural, não apenas uma habilidade técnica. Ao invés de memorizarem regras de como escrever, os alunos compreenderam o “porquê” e o “como” da escrita. E nesse sentido, o pensamento crítico foi estimulado, bem como a criatividade, sobretudo na concepção interdisciplinar de delineamento do projeto, combinando os saberes das disciplinas de História, Ciências e Artes, concebidas de forma integrada, fortalecendo a premissa do trabalho colaborativo e em equipe.
“Nossa proposta sempre foi a de proporcionar uma experiência imersiva e lúdica, onde os alunos pudessem compreender como a comunicação evoluiu desde os tempos pré-históricos até os dias atuais, estimulando a curiosidade e o engajamento por meio de atividades práticas”, explica a coordenadora da ação, Ana Paula Rainato Hashimoto, que junto com Raquel dos Santos, concebeu a atividade. Elas acrescentam que a conexão emocional tornou o aprendizado mais memorável.
