A Comunità Italiana abriu a exposição “Do Passado ao Horizonte, 150 Anos de Travessias”, no Arquivo Público do Espírito Santo (Apees). A mostra celebra os 150 anos da imigração italiana no Brasil.
A sede da Apees, no Centro de Vitória, será o último local a receber a exposição, que percorreu diversas cidades do Espírito Santo em 2024. As visitas poderão ser feitas das 10h às 17h, de segunda a sexta-feira, até o dia 11 de janeiro.
LEIA TAMBÉM:
“Ainda Estou Aqui” é indicado ao Critics Choice 2025; veja lista
Réveillon em Cariacica terá shows de Aline Barros e Anderson Gomes
Réveillon na Serra terá shows e fogos de baixo ruído
A mostra é dividida em quatro tempos distribuídos em 20 lâminas de tecido que retratam as motivações da emigração dentro do processo de Unificação Italiana, a viagem dos migrantes, o contato com o Novo Mundo e as perspectivas de futuro.
O processo imigratório italiano em massa para o Brasil se iniciou em fevereiro de 1874, com a chegada da Expedição Tabacchi à baía de Vitória. O Brasil é atualmente o segundo país com o maior número de descendentes de italianos do mundo, cerca de 30 milhões, e o Espírito Santo foi o principal local de entrada.
A migração foi o resultado do processo de Unificação Italiana, concluído em 1871. Antes disso, a Península Itálica era formada por reinos, ducados, repúblicas, principados e cidades, cada um com suas leis, moedas, tradições, dialetos e costumes.
Durante e após os conflitos, a fome, a pobreza e a falta de trabalho desencadearam um processo de migração dentro do território e fluxos para outros países, principalmente Estados Unidos, Brasil e Argentina.
O contexto histórico pós-unificação era de crise e desagregação, tanto nos campos quanto nas cidades. Os movimentos populacionais, com fugitivos, refugiados e combatentes, eram constantes em toda a Itália.
De acordo com diretor-geral do Arquivo Público, Cilmar Franceschetto, a exposição é baseada em diferentes períodos históricos, com roteiro cronológico, de caráter didático e com preocupação em sua representação artística.
“Trata-se de uma abordagem de conteúdo histórico, mas que também é emocionante, especialmente para os descendentes que terão a oportunidade de reviver o que ouviram dos seus familiares”, comentou o diretor.
A organização é da Comunità Italiana, em parceria com o Apees e a Secretaria da Cultura (Secult), com recursos da Lei de Incentivo à Cultura (LICC) e do Grupo Águia Branca.