Carla Bruni foi, pouco a pouco, conquistando seu espaço no mundo. Entre cantar, compor, atuar e até mesmo virar ícone da moda, ela é uma verdadeira cidadã do mundo. Tanto que, nascida na Itália, ela foi criada entre a França e a Suíça e descobriu já adulta que seu pai biológico morava no Brasil. Uma verdadeira mistura – mas uma mistura que deu muitíssimo certo!
Agora ela arruma as malas para vir ao Brasil, onde se apresenta no próximo dia 26 de agosto, em São Paulo, no Teatro Bradesco, para promover o álbum que lançou no último ano, Little French Songs. Mas não sem antes bater um papinho e falar um pouco sobre a sua relação com o Brasil, é claro!
Toque brasileiro
Em uma conversa bem casual – e por vezes até interrompida por Giulia, filha de três anos da beldade com Nicolas Sarkozy – ela conta que sempre esteve envolvida com o Brasil:
– As gravações de Tom Jobim com Elis Regina são alguns dos meus preferidos. Eu ouvia muito, muito. […] Eu adoro Chico [Buarque]. Não conheço muito a produção mais moderna e eu estou ansiosa para ouvir isso. Sou muitoclássica, sabe? Gosto de Gilberto [Gil], e Elis Regina… Gosto de Caetano Veloso, escuto em espanhol, é em outra língua, mas mesmo assim.
E se as músicas populares brasileiras não saem da playlist da cantora, aquela bebida famosa, que toda celebridade que pisa em terra tupiniquim se apaixona, também tem um lugar cativo em seu coração:
– Amo muito o Brasil! Amo as pessoas, amo o interior, é tão diferente. Ir para o Rio, São Paulo, depois Jericoaquara, lugares assim. E as pessoas são tão calorosas! Eu amo a música, amo a comida, eu amo o Brasil! E amo caipirinha, diz ela, rindo da última constatação.
Aliás, pode esperar surpresas no seu show no Brasil, ela garante que vai trazer surpresas e que pode até tentar se arriscar em alguma música brasileira.
Música em primeiro lugar
Mesmo com um currículo cheio e uma vida atarefada, Carla garante que a música é a sua prioridade número um quando o assunto é a sua carreira. Tanto que ela está envolvida com isso desde muito nova:
– Eu comecei a escrever e compor talvez quando eu tinha uns nove, dez anos. Comecei a compor quando era uma criança. Meus pais eram músicos, então diria que foi por eles que eu comecei a escrever cedo.
Mesmo já mostrando talento tão precocemente, foi quando ela estourou como modelo que realmente pode se dedicar à música. Achou irônico? Pois saiba que faz sentido!
– Quando era modelo, eu tinha um tempo durante as viagens, sabe? Mais uma viagem, mais uma solidão, e eu tinha meu violão e foi aí que eu realmente comecei a gravar minhas músicas.
Luz, câmera… mas pouca ação!
E quem gostou de vê-la também em ação em Meia-Noite em Paris, é bom nem comemorar muito, porque Carla garante que o cinema é apenas um hobby.
– Atuar é mais uma oportunidade, não é meu trabalho principal. Eu gostei muito, porque foi com o Woody Allen, mas eu não faria isso, entende, não é meu trabalho.