Empreendedores de todo o Espírito Santo foram levar cores, artes e histórias das mais variadas na Feira Sabores da Terra, na Praça do Papa, em Vitória, na tarde deste sábado (13). O evento termina neste domingo (14).
Dentre artesãos, artistas e produtores de plantas, a feira foi um prato cheio para amantes da cultura capixaba, trazendo produtos com preços simbólicos como R$ 5 até itens de alta sofisticação, que podem chegar a R$ 300.
Bichinhos de Crochê
Quem chamou a atenção na feira este ano foram as mulheres, que apareceram em peso e marcaram presença nos mais variados tipos de empreendimentos. Uma delas foi a artesã Marcela Mello, proprietária do ateliê Crochetando Ideais.
A empreendedora trabalha com diversos itens feitos a mão, entre chaveiros e crochê. Mas o carro-chefe é o “amigurimi”, peças artesanais imitando bichinhos de estimação, os amados pets.
Ela conta que começou o trabalho em 2016. O que era um passatempo com a chegada da primeira filha se transformou em negócio.
“Eu faço desde 2016, sou mãe de duas meninas, naquela época tinha só minha primeira filha. Foi uma forma de exercer a minha maternidade perto da minha filha e também ter uma fonte de renda. Hoje em dia, isso se tornou minha fonte de renda ainda mais, pois me divorciei do pai delas”, contou.
Marcela disse ainda que o artesanato é uma forma de terapia para se aproximar ainda mais das filhas pequenas, uma vez que ambas são autistas e precisam de atenção constante da artesã.
“Foi uma forma de conciliar a terapia e ter uma fonte de renda para a minha casa. Faço qualquer bichinho por encomenda e também chaveiros, lembranças para as pessoas”, assegura.
Fazer os bichinhos fofos não é um trabalho fácil. A produção, em média, de um animalzinho leva por volta de duas horas. Por mês, saem entre cinco a 15 peças, além dos chaveiros, que são vendidos em maior quantidade para empresas.
O ateliê tem endereço fixo na casa da própria Marcela, que conta com ajuda da mãe e da irmã, que a auxiliam a tocar o negócio. “Temos uma lojinha, um ateliê, um endereço comercial na nossa própria casa. Minha irmã é laceira e minha mãe também ajuda bastante com peças em crochê”, descreve.
Negócio de Família
Quem também faturou no encontro foram Elaine e Nicole Alves, que tocam juntas o ateliê Vó Nair, especializado em peças de crochê. Quem batiza o negócio é a matriarca da família, dona Nair.
“Estou envolvida com o ateliê desde a pandemia. Como me aposentei naquela época, me sentia muito parada. Decidi investir nas bolsas, já fazia crochê há algum tempo, mas de outros tipos. Fiz o curso, me especializei e está sendo maravilhoso”, contou Elaine.
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Ela contou que já participa da feira desde o ano passado e também de outros eventos no Estado. “Eu já participo há um ano de feiras e elas são muito importantes para divulgar nosso trabalho e entrar em contato com outros expositores. É uma experiência que vale muito a pena”, ressaltou.
Beleza pomerana
Houve até quem pegou estrada vindo de longe para aproveitar a exposição, como Lucinei Rossow Vollbrecht, que cultiva plantas artesanais para venda. Ela, que é dona da Lu Suculentas, saiu de Santa Maria de Jetibá para expor em Vitória.
“Trabalho como auxiliar de escritório para complementar a renda e vendo as plantas. Sempre participo de eventos relacionados ao tema”, contou.
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O último dia do evento acontece neste domingo (14). O encerramento contará com atrações musicais e culturais.
Confira a agenda deste domingo:
Mirano Schuler, ao meio-dia
Grupo de Dança do Circolo Trentino Di Santa Teresa, às 13h30
Grupo Holland Dans – Categoria Infantil – Danças Holandesas, às 14h
Grupo Folclórico de Dança Imperial Português, às 15h
Brasil Tambores, às 16h30.
Serviço:
19ª Feira Sabores da Terra
De 11 a 14 de maio, na Praça do Papa, em Vitória.
Funcionamento: sábado (13), das 12h às 22h, e domingo (14), das 10h às 18h.
Quanto: entrada gratuita.