Ferreira Gullar morreu aos 86 anos neste domingo (4). O poeta estava internado no Hospital Copa D’Or, na zona sul do Rio de Janeiro. A causa da morte não foi revelada. A informação foi confirmada ao colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
Quarto dos 11 filhos de Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart, o crítico de arte nasceu no dia 10 de setembro de 1930 em São Luiz, no Maranhão. Na década 1950, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde, seis anos depois, participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia.
Em 1977 foi preso por agentes do Departamento de Polícia Política e Social. Foi solto depois de 72 horas de interrogatório graças à intervenção de amigos junto a autoridades do regime. Depois disso, retornou aos poucos às atividades de critico, escritor e jornalista.
Em 2002, foi indicado por nove professores dos Estados Unidos, do Brasil e de Portugal para o Prêmio Nobel de Literatura. Cinco anos depois, seu livro Resmungos ganhou o Prêmio Jabuti de melhor ficção do ano. A obra, editada pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, reúne poemas de Gullar publicadas no jornal Folha de S. Paulo ao longo de 2005.
Em 2010, foi gratificado com o Prêmio Camões, o mais importante prêmio literário da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Um ano depois ganhou o Prêmio Jabuti com o livro de poesia Em alguma parte alguma.
Em 2014 passou a integrar o time da Academia Brasileira de Letras, onde coleciona uma vasta lista de prêmios.
Com informações do Portal R7!