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Harvey Weinstein e Rose McGowan são apontados como culpados no suicídio de empresária que acompanhou o caso de assédio

Na última quinta-feira, dia 8, a produtora e agente Jill Messick cometeu suicídio após uma batalha contra a depressão. Messick era funcionária da empresa Miramax e trabalhou para a atriz Rose McGowan em janeiro de 1997, período em que a atriz afirma ter sido estuprada por Harvey Weinstein.

A família de Messick publicou uma carta aberta no The Hollywood Reporter, acusando Weinstein e McGowan de terem influenciado o suicídio de Jill.

Um dos trechos da carta diz:

Nos últimos meses, muitas mulheres apareceram com alegações contra Harvey Weisntein, inclusive Rose McGowan, que diversas vezes falou com a imprensa, se abrindo não apenas sobre o assediador, mas sobre muitas outras mulheres. Uma delas foi Jill, que preferiu se manter em silêncio diante das declarações caluniosas de Rose contra ela, por medo de prejudicar muitos indivíduos que expuseram a verdade. Ela optou por não contribuir com toda a agitação, manchando seu nome e reputação apesar de não ter feito nada errado. Ela nunca escolheu ser uma figura pública, ela escolha foi tirada dela.

A carta ainda cita o ocorrido no Sundance Film Festival. De acordo com o texto, na ocasião Rose abriu o jogo a Jill e se mostrou arrependida por ter entrado em uma banheira com Weisntein, no entanto, jamais usou a palavra estupro durante suas conversas com a agente. Apesar disso, Jill reconheceu a gravidade do caso e, ainda segundo o texto, o acordo entre Rose e Weinstein foi assinado sem o conhecimento da agente.

No livro de McGowan, novos episódios são relatados e o nome de Jill é citado diversas vezes. Isso quebrou Jill, anunciou a carta.

Existe uma responsabilidade em usar uma plataforma para expor criminosos, predadores, mentirosos, reconhecendo a importância de proteger a verdade e algumas pessoas envolvidas, dizia outro trecho da carta.