Fenômeno nas redes sociais nas últimas semanas, o desafio do balde de gelo (Ice Bucket Challenge, em inglês) consiste em tomar um banho de água gelada para chamar a atenção para o tratamento da esclerose lateral amiotrófica (ALS, na sigla em inglês), doença degenerativa do sistema nervoso e que ainda não tem cura. O desafio tomou grandes proporções após diversas celebridades entrarem na corrente, mas, aqui no Brasil, o desafio serviu de incentivo à outra causa, não menos importante: buscar doações para ajudar no tratamento da ex-ginasta e esquiadora Laís Souza.
O desafio, denominado como ‘Desafio da Estrela’, tem como objetivo arrecadar dinheiro para o tratamento da atleta Laís Souza, que lesionou a coluna cervical enquanto treinava para representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno, e segue em busca da reabilitação em Miami, nos Estados Unidos. Quem está por trás da iniciativa é o jornalista e empresário Bruno Chateaubriand. O desafio, em vez de virar um balde com água e gelo na cabeça, é virar uma cambalhota e convidar mais amigos para entrar na ação de solidariedade.
Algumas personalidades já abraçaram a causa, como por exemplo, a atriz Suzana Pires e a jornalista e escritora Thalita Rebouças.
O acidente de Laís Souza aconteceu no dia 27 de janeiro, durante um treino de preparação para a disputa das Olimpíadas de Inverno de Sochi. Ela se chocou com uma árvore em uma pista de esqui nos Estados Unidos e sofreu um grave trauma na terceira vértebra cervical, deixando-a tetraplégica.
No dia 16 de junho, a assessoria de imprensa da ex-ginasta anunciou que ela recebeu alta hospitalar e já está morando em uma casa custeada pelo COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Ela segue, porém, em Miami, nos Estados Unidos.
Ainda de acordo com comunicado, Lais vai continuar recebendo a assistência da equipe médica que a acompanha desde que se acidentou, e segue em tratamento, participando de algumas pesquisas no ‘The Miami Project to Cure Paralysis’, um centro de estudos para cura de paralisias e lesões medulares, sendo uma das primeiras pacientes com paralisia a receber tratamentos com células-tronco e células Schwann, o que poderia ajudar no processo de recuperação de algum movimento da esquiadora e ex-ginasta.