Izabella Camargo, que recentemente ganhou uma indenização milionária da TV Globo por danos morais, voltou a falar sobre a sua demissão da emissora, logo após ela ser diagnosticada com a Síndrome do Burnout – quando acontece um esgotamento físico e mental intenso. Dessa vez, convidada do programa Pânico da Jovem Pan, ela começou explicando que era cobrada para ser perfeita:
– As pessoas cobram isso da gente! Você acha que vai trabalhar numa Rede Globo e não vão te cobrar, que você faça certo?
Em seguida, o apresentador, Emílio Surita, disse que ela dormia no estacionamento, para não perder a hora, e ela complementa:
– [Eu acordava] às duas [da manhã], uma, meia-noite.
Izabella ainda explicou:
– Quem tem burnout desenvolve e vai saber os gatilhos que vai desenvolver ou não. (…) Só tem burnout quem ama o que faz. E por amar tanto o que faz, se ausenta de si mesmo. (…) Existe um período em que a pessoa segura o tchan. Então ela toma remédio, ela se adapta, ela reza, ela faz ritual xamânico, ela faz tudo o que ela pode para segurar o tchan. Um emprego, dois empregos, três empregos. Até que chega o momento em que vai acontecer a virada de chave.
E continua:
– Que momento é esse? Aquele momento que você ouve uma barbaridade do seu chefe ou acontece um momento de desvalorização ou é uma puxada de tapete, como aconteceu comigo. Vai acontecer uma situação que você vai falar: Espera, não tem mais como. Tá acumulando dois anos de doença, você pediu ajuda, já fez tudo o que pode.
A jornalista ainda reforçou que sofreu uma puxada de tapete forte, além de ter ouvido um comentário bizarro de um dos chefes, sem entrar muito em detalhes e contou que, após voltar de licença-médica, acabou sendo demitida e definiu o que sentiu na época:
– Aquilo foi um golpe, foi a coisa mais violenta até hoje. Foi mais que um assalto a mão armada.