Maurício Ferraz é jornalista da Rede Globo e, em entrevista para André Piunti, relatou sobre a investigação que fez sobre a viagem que tirou a vida de Marília Mendonça, em 2021. O jornalista teve acesso aos documentos do Cenipa, Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, que investiga até os dias de hoje o acidente.
De acordo com Maurício, o piloto que fez o último trajeto de avião da cantora foi trocado momentos antes da decolagem. A companhia relata que acreditou que o escolhido seria mais experiente para o voo.
– O piloto nunca tinha pousado ali. O dono da empresa ia colocar um outro profissional, mas escolheu aquele porque ele era mais experiente. Como que você vai acusar um piloto, uma pessoa que morreu e não pode se defender?
O jornalista conta que refez a rota feita por Marília no dia de sua morte e as suspeitas são de que o desvio de rota tenha causado risco aos passageiros e, eventualmente, o acidente.
– São situações que não sabemos, mas que ele saiu fora da área determinada, saiu. Não teve problema técnico no avião, aparentemente. A fiação foi um estilingue, puxou um motor que caiu. Não é proibido o que ele fez, mas não é normal. Eles poderiam sair da zona de proteção. Fizemos um voo fora da área de proteção, mas passamos bem longe do cabo.