Jun. K está fazendo sua primeira visita ao Brasil com um show que faz parte da turnê Summer Room Tour. Super animado em pisar em solo latino, o integrante do grupo de K-Pop 2PM promete entregar muita emoção em sua apresentação solo.
O último lançamento do artista foi a música Command C + Me e ele descreve em detalhes qual mensagem queria passar com a canção autoral e como estão os sentimentos de encontrar os fãs brasileiros.
Brasil
Prontinho para sentir a energia do nosso país tropical! Ao que tudo indica, Jun. K mal pode esperar para ouvir os gritos fervorosos no show, pois declara que sempre foi uma vontade sua de vir à América do Sul.
– Sim, sempre tive esse desejo! É sempre muito gratificante fazer shows na Ásia também, mas sempre quis vir à América do Sul. Estou muito feliz e grato por finalmente poder estar aí.
Quem será que ele ouvia? O artista nos conta que sempre ouviu muita música latina por influência de um amigo e isso o deixou preparado para se jogar no clima brasileiro.
– Eu já gostava de música latina! Um amigo muito próximo de mim sempre gostou de músicas latina, reggae e similares, então eu sempre ouvi também. Logo, estou pronto!
É melhor os fãs ficarem atentos, porque ele já mandou o papo: quer que todo mundo viva intensamente na apresentação!
– O Brasil sempre foi muito conhecido por ser um lugar caloroso e energético. Espero que todos que virão ao meu show possam se divertir enlouquecidamente. Estou muito ansioso e animado!!!!
Command C + Me
Jun. K explica que fez uma reflexão sobre como as cópias atuam em nossa sociedade e como elas se apresentam das mais diversas formas.
– Hoje em dia, a cópia acontece de várias maneiras. Algumas pessoas pegam apenas um elemento emprestado e criam algo próprio a partir dele, enquanto outras pegam quase toda a obra e a utilizam como se fosse sua. Isso é como uma cópia. Muitas situações difíceis surgem entre inspiração e plágio. A música Command C + Me não apenas aborda os limites da imitação, mas também visa levantar questões sobre a sociedade que indiscriminadamente adota coisas que parecem boas. É uma música que fala de forma metafórica sobre o fenômeno da cópia que vemos em várias áreas, como moda, arquitetura, dramas, literatura e música.
Em seguida, ele dá alguns exemplos:
– Pessoas comprando os mesmos sapatos, jaquetas e marcas e se parecendo como soldados nas ruas. Não só o código de vestimenta das pessoas, mas também seus modos de falar e gostos se tornam semelhantes, e elas acabam utilizando as criações dos outros. A nível individual, isso muitas vezes começa com o medo de ficar para trás, o desejo de admirar algo bonito e até mesmo o desejo de pegar algo sem permissão para se destacar. Embora mereça crítica, essa cultura continua porque o ecossistema que cria essa indústria permite isso. Como mencionei no segundo refrão, muitas vezes se observa um segredo com razão nessas situações.
Ele ainda aproveita para deixar uma crítica à industria cultural, que muitas vezes não dá os devidos créditos a escritores ou compositores.
– Quando pessoas influentes na indústria caem, isso pode afetar a estrutura de lucro da indústria, as plataformas conectadas a ela e até o próprio gênero, levando as partes envolvidas a ficarem em silêncio mesmo sabendo disso. CPs ou roteiristas de dramas às vezes deliberadamente pegam frases de outros escritores e as usam como diálogos sem consultar o autor original, utilizando frases que são cruciais para o sucesso e o lucro da obra, mas o autor original não recebe o crédito nem os benefícios, sendo tratado como um ghost writer. Acredito que isso acontece não só na indústria da TV e da música, mas também na literatura. No entanto, dentro da música, concentrei-me em descrever o fenômeno sem fazer julgamentos de valor. Escrevi a música com a esperança de que, ao final, os ouvintes sintam algo e comecem uma conversa sobre.
O cantor ainda não sabe se planeja continuar com um conceito similar, mas garante que está sempre em busca de tentar coisas novas no campo e gosta de criar não apenas uma experiência sonora, mas também visual.
– Embora não seja exatamente o mesmo conceito, planejo criar uma atmosfera que combine com a música. Não sei exatamente como será a música, mas hoje em dia não vejo as pessoas apenas ouvem as músicas. A indústria da música evoluiu para algo que pode ser visto, ouvido, experimentado e sentido, e quero me concentrar nas imagens que a música cria.
Música e trabalhos
Jun. K é um idol que se destaca por conhecer sua voz e controlá-la muito bem, sendo capaz de adicionar muitas texturas únicas às suas produções. Ao ser questionado sobre seu estilo musical favorito de cantar, ele responde:
– Quando era mais novo, gostava muito de R&B, e acho que músicas gospel e jazz que incorporavam R&B sempre me chamaram atenção. [O que me torna especial] é como tento me expressar ao máximo em todos os aspectos.
Ao refletir sobre qual momento o deixou mais orgulhoso em sua trajetória de mais de dez anos como artista solo, ele conta que não prioriza vendas ou charts, mas fica feliz em ver seu trabalho sendo ouvido por pessoas de diversos países.
– A maioria das pessoas assimila essa ideia a vendas, charts e desempenho e, claro, embora meu álbum de debut tenha conquistado Top 1 no Oricon, acho que fico mais feliz quando minha música chega no mundo inteiro.
Compositor talentoso, ele é dono de uma longa lista de hits e já escreveu músicas não apenas para e si e seu grupo, mas também a outros artistas. Sincero, o astro explica que não foca em suas próprias experiências, mas se permite viajar pelos mais diversos sentimentos.
– Acho que ao invés de escrever músicas que falam sobre mim mesmo, acho que sempre tentei expressar diferentes coisas em cada música que escrevi. Ao invés de me mostrar no que sou bom, sempre me esforcei para depositar o máximo de verdade nas letras.
Por possui uma rotina corrida de trabalhos, ele procura sempre encontrar tempo para se exercitar para manter a saúde física e mental em dia.
– Eu também me sentia muito cansado e sem vontade todos os dias, mas decidi que deveria fazer pelo menos uma coisa: me exercitar um pouco e fazer ao menos uma refeição por dia. Apesar de não querer, pensei que deveria fazer algo bom e útil para mim, e praticar isso não só ajudou meu corpo, mas também minha saúde mental.