A Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido da DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) e autorizou a quebra de sigilo dos perfis no Facebook que vêm fazendo ataques racistas a cantora Preta Gil. A polícia quer identificar as pessoas responsáveis pelas ofensas. Na última terça-feira (26), a artista foi à delegacia especializada fazer a denúncia.
Em um relato publicado em sua página no Facebook, a cantora afirmou que, além de atacarem a cor de sua pele, o grupo de pessoas, que usavam uma mesma hashtag, fez críticas a seu corpo.
“Ontem fui atacada com diversas mensagens de ódio em minha página no Facebook; uns atacaram minha cor, meu trabalho, meu corpo, outros tentando fazer piadas de péssimo osto apenas para tentar me denegrir ou magoar, eles assinaram todos os posts com uma #”.
Segundo a delegada responsável pela investigação, Fernanda Fernandes, até a tarde de terça, ao menos cem perfis foram identificados.Após o depoimento, a cantora comentou a decisão de denunciar o ataque.
— Vim principalmente para que incentive não só mulheres conhecidas, mas outras pessoas que sofrem isso diariamente. Não só virtualmente. Racismo é crime.
Preta fez o relato à delegada e afirmou que os ataques eram “coisas absurdas que me chocaram”. A cantora disse que está acostumada a lidar com os chamados haters (internautas que a criticam), mas que o ataque a assustou porque eram “um monte [de internautas] de uma vez só”.
— A maioria [dos internautas que a atacaram] parece ser de jovens, de adolescentes. A gente vê a violência no mundo e como as redes podem ser usadas de maneira tão equivocada pelos jovens.
Com informações do Portal R7.