Entretenimento e Cultura

'La Casa de Papel' pode ser proibida de usar máscaras na série. Entenda!

A Fundação Gala-Dalí quer proibir o uso das máscaras com o rosto do artista, devido a falta de pagamento dos direitos de imagem

Foto: Reprodução / Instagram

A série La Casa de Papel, exibida pela Netflix desde 2017, ficou famosa pelas máscaras que os personagens principais usam, que imitam o rosto do pintor catalão Salvador Dalí. Porém, por conta de um erro, o objeto, que é um símbolo da série, pode ter o uso vetado.

A Fundação Gala-Dalí quer proibir o uso das máscaras com o rosto do artista, devido a falta de pagamento dos direitos de imagem. A entidade criada em 1983 para proteger o legado do pintor trata o assunto de forma sucinta e misteriosa. “Estamos em vias de regularizar os usos do direito de imagem de Salvador Dalí”, diz em nota. 

La Casa de Papel é exibida pela Netflix desde maior de 2017 e conta a história de um grupo de pessoas que atacam a Casa da Moeda da Espanha, vestidos de vermelho e com a máscara, para imprimir 2,4 bilhões de euros em apenas 11 dias. 

Para alguns setores da imprensa do país, a Fundação Gala-Dalí está de olho no faturamento. La Casa de Papel é o seriado de língua não inglesa mais assistido da história e rendeu mais de R$ 12,2 bilhões. Os defensores de Dalí negam, “não se trata apenas de uma questão financeira”. Eles ressaltam ainda a exclusividade de gestão cedida pelo governo espanhol sobre os “direitos intangíveis derivados da obra e da pessoa de Salvador Dalí”.

Embora frio e calculista, o órgão sediado em Girona tenta acalmar, mas sem perder a firmeza. “Qualquer pessoa que pretenda exercer ou explorar alguns desses direitos, deve ter a autorização prévia da fundação”. E continua, “se a fundação tomar conhecimento de que esses direitos foram violados, tenta resolver a situação, exigindo a regularização dos usos não autorizados”.

E o impasse não parece estar perto de uma solução. Após a manifestação da Fundação Gala-Dalí, que considera a presença do Netflix um complicador, equipe de criação e produção da série estão batendo cabeça.

Atresmedia e Vancouver Media, responsáveis pela produção do conteúdo, não entram em um consenso sobre os motivos para o não pagamento dos direitos de imagem. A Vancouver culpa os criadores e a direção de arte, “foi levantado se era necessário pedir autorização, mas nossa equipe jurídica disse que não, pois se tratava de uma caricatura”.

Com informações do Portal R7.