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Manu Gavassi afirma que não se incomoda de ser comparada com personagem de Não Tem Volta: Minha atuação foi proposital

Manu Gavassi e Rafael Infantes são artistas multifacetados. Ambos cantam, atuam e adoram fazer piadas. Desde quinta-feira, dia 23, os rostos dos dois estão em todos os cinemas brasileiros por conta do filme Não Tem Volta, nova comédia brasileira, que envolve muita ação, romance e reviravoltas.

Henrique, vivido por Rafael Infante, não consegue superar a separação de Gabriela, personagem de Manu Gavassi, e, mesmo um ano depois, está tão devastado que não é capaz de se animar com mais nada. Para acabar com o sofrimento, ele decide tirar a própria vida, mas como não tem coragem, contrata uma empresa de assassinos de aluguel que tem apenas uma única regra: após a assinatura e o pagamento, a decisão NÃO TEM VOLTA. Porém, após assinar o contrato, Henrique e Gabriela se cruzam ao acaso e ela descobre que quer reatar a relação. Desesperado para descobrir quem será o seu carrasco, Henrique envolve-se em uma trajetória repleta de situações tensas e mirabolantes para se salvar e, finalmente, ficar com a mulher que ama.

Durante a coletiva de imprensa do filme e no bate-papo com os atores, mais detalhes sobre a produção foram revelados. Gavassi, por exemplo, afirmou que não se incomoda de ser comparada com sua personagem e não leva a crítica para o lado negativo, como se estivesse deixando de atuar como deveria.

– Eu tinha vindo de personagens mais caricatos, que propositalmente eram teatrais demais. Para mim, foi muito gostoso aceitar este convite e poder relaxar, fazer algo natural, improvisar. Propositalmente, eu quis colocar bastante de quem eu sou porque combinava com o perfil da Gabriela. Minha atuação foi proposital. Não me incomoda [ser comparada]. Quando falam: Nossa, fulana só sabe fazer ela mesma, que chato! Eu adoro quem sempre coloca a própria personalidade nos papéis, pois quer dizer que a pessoa é irada.

Infantes explicou que houve uma preocupação em não banalizar o roteiro, por se tratar de um assunto tão pesado. A ideia do filme nunca foi fazer piadas propositais sobre as tragédias alheias, mas sim mostrar a graça das situações vividas pelos personagens, que são tão dramáticas e absurdas que se transformam em cômicas. É o famoso rir para não chorar.

– A vida não é só de uma cor. A gente passa por diversas sensações no caminho. O roteiro passeia por várias situações. É muito difícil navegar neste tema.

– Em certo momento, cada personagem fez uma escolha que o colocou em uma estrada que não tem volta. […] Eu não queria que ficasse aquela coisa tensa o tempo inteiro, até porque o roteiro veio com a proposta leve, de contar uma história de afeto, completou o diretor, César Rodrigues.

O filme ainda tenta fugir do clichê, invertendo os papéis que, normalmente, são vistos em filmes românticos. Enquanto Gabriela é uma mulher independente e focada na carreira, Henrique passa metade do tempo cabisbaixo e sofrendo por amor.

– Algum tempo atrás, teria sido escrito de forma diferente. É uma dúvida mais recente [de priorizar a carreira antes do amor], da minha geração de mulheres. Agora, todas as minhas amigas pensam assim. Ninguém quer comprometer a independência, afirmou Manu.

E Infante adicionou:

– É um movimento importante, que está se refletindo na cultura e na arte. Certas questões da vida não tem gênero. São masculinas e femininas. Todo mundo sente.

Não Tem Volta é o primeiro filme de uma série de projetos criados a partir da parceria entre a Conspiração Filmes e a Star Original Productions. Inclusive, eles entregaram que estão pensando em uma sequência, viu.