Vítima do coronavírus, morreu na sexta-feira (15) a escritora paraense Olga Savary, aos 86 anos, no Rio de Janeiro. Ela foi enterrada nesta sexta-feira, 15, em Teresópolis, onde vive sua filha Flávia Savary, segundo informações da editora Thereza Rocque da Motta.
Poeta, romancista, jornalista e tradutora, Olga Savary foi uma feminista pioneira e ousada, tendo sido a primeira mulher a publicar uma coletânea de poemas eróticos no Brasil, Magma (1982). Entre as obras de grandes nomes da literatura latino-americana que traduziu figuram Júlio Cortázar, Jorge Luis Borges, Carlos Fuentes, Mario Vargas Llosa e Pablo Neruda.
Colaboradora de primeira hora do jornal alternativo Pasquim, que combateu a censura do regime militar, Olga é tida como inventora da palavra “dica” como sinônimo de indicação, usando-a numa coluna que manteve no jornal.
Amigo de Olga, o poeta Edimilson de Almeida Pereira reconheceu que ela foi uma de seus primeiras incentivadoras. A poeta também atuou como colaboradora e correspondente de diversos jornais e revistas no Brasil e no Exterior. Olga, que perdeu o filho Pedro em 1999, aos 41 anos, deixa a filha, também escritora, Flávia Savary. Os dois são filhos do cartunista Jaguar, com quem Olga foi casada.