Após apresentarmos o Espaço 8 Casa Cultural, no bairro do Ipiranga, em São Paulo, hoje nosso destaque é o Move Arte, localizado no Brooklin, também na capital paulista, inaugurado em 2023.
Gerenciado pelas artistas Ana Rey, Marinalva Rosa e Rita Heckert, o espaço não apenas abriga suas produções artísticas, mas também se estabelece como um ponto de encontro para diversas manifestações culturais.
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O projeto arquitetônico do Move Arte foi desenvolvido pelo DMM Studio de Arquitetura, sob a direção dos arquitetos Diogo Michailowsky e Mia Michailovska, que aceitaram o desafio de criar um ambiente versátil para atender às múltiplas atividades idealizadas pelo trio de mulheres empreendedoras.
Entre 2023 e 2024, o Move Arte contabilizou um total de oito exposições, sendo seis coletivas e duas individuais. Aproximadamente 126 artistas brasileiros e internacionais, de diversas gerações e estágios de carreira, já passaram pelo espaço, que também tem atraído outros profissionais do mercado de arte.
O Move Arte vem se consolidando como uma referência independente na cena artística paulistana, promovendo uma ampla gama de atividades, incluindo palestras, oficinas, talks, visitas guiadas, lançamentos de livros de arte e mostras de design.
Circuitos integrados na arte
A exposição “Somando Arte na Zona Sul”, realizada em 2023, exemplifica a interação com circuitos de espaços expositivos independentes na região. Essa iniciativa integra um contexto vibrante, que inclui o Alê Espaço de Arte, de Alexandra Ungern, e o Atelier BB39, dos irmãos Paulo Eduardo Szwec e João Marcelo Szwec.
Outro destaque foi a exposição coletiva “Experimentando um Olhar de Criança em Nós”, realizada em 2024, com curadoria de Ana Rey e Marinalva Rosa.
O evento contou com a participação de 18 artistas, incluindo o Instituto Cog Life Arts – Artes de Artistas com Autismo (TEA). Seu objetivo era compartilhar a arte e a dinâmica de um espaço expositivo com o público infantil, por meio de visitas guiadas, oficinas e atividades de mediação em arte.
Diversidade e democratização do acesso à arte
A diversidade de propostas exibidas também se refletiu na exposição coletiva “Fronteiras”, de 2024, sob a curadoria da argentina Mariela Soldano, que vive no Uruguai. Além de integrar o Esponja Coletivo Artístico, ela também é curadora da residência artística Puertas Adentro.
A mostra itinerante apresentou obras de Alex Cabrera, Ana Rey, Dora Román, Mariela Soldano e Odette Boudet, explorando o conceito de fronteiras sob diferentes aspectos da existência humana.
Além dessas coletivas, o Move Arte também recebeu duas exposições individuais que apresentaram uma variedade de linguagens visuais e obras de grande impacto.
“Matéria Prima: O Universo de Teresinha Chiri”, de 2024 da artista Teresinha Chiri, teve curadoria de Ana Rey e Rita Heckert, com texto de Nei Vargas.
Já a exposição “Entre Linhas e Espaços, Fragmentos de Nós Mesmos”, de 2024 da artista Dolly Michailovska, trouxe um recorte de sua produção desde os anos 1980, sob a curadoria de Ana Paula Freitas Valle.
Espaços independentes ampliam oportunidades
A influência de espaços independentes como o Move Arte na cena artística contemporânea tem dinamizado as regras do mercado de arte, ampliando as oportunidades para que artistas desenvolvam suas práticas em um ambiente mais autônomo e flexível.
Esses empreendimentos privados se tornam cada vez mais essenciais na democratização do acesso à arte e na diversificação de narrativas dentro do circuito expositivo.
SERVIÇO:
Move Arte
Onde fica: Rua Álvaro Rodrigues, número 563, Brooklin – São Paulo.