O Ministério Público do Ceará denunciou o músico Weslley Safadão, a esposa dele, Thayne Dantas e uma servidora pública por ‘peculato e corrupção passiva privilegiada’. O MPCE apurava uma suposta irregularidade na vacinação contra do cantor e da influenciadora digital contra a covid-19.
Em um comunicado, a assessoria do casal classificou como ‘abuso e exagero’ a denúncia do Ministério Público. “A denúncia por peculato e corrupção passiva privilegiada é um exagero e mais um abuso por parte do Ministério Público estadual, pois busca incriminar pessoas inocentes por fatos não caracterizados como crime na legislação penal”.
A defesa de Safadão destacou também a decisão do Tribunal de Justiça do Ceará que, em novembro do ano passado, determinou a suspensão da investigação do órgão que já apurava a suposta irregularidade.
“Após o término das investigações, cabia ao Ministério Público pedir o arquivamento, por ausência de provas, pois nenhuma denúncia pode ser oferecida se não houver indícios fortes da ocorrência do crime, que devem estar amparados em provas confiáveis. No caso, não existe uma única prova que ampare a denúncia.”
Entenda o caso
No dia 8 de julho do ano passado, Thyane Dantas teria furado a fila da vacinação. Ela tinha 30 anos e, na época, o calendário municipal de vacinação previa a aplicação em pessoas com 32 anos ou mais.
Já Wesley Safadão e a produtora Sabrina Tavares estavam agendados para serem vacinados no mesmo dia no Centro de Eventos do Ceará, mas foram a outro posto de vacinação em um shopping.
No fim de setembro, a Polícia Civil do Ceará indiciou Safadão, a mulher e outras cinco pessoas pelos crimes de peculato e infração de medida sanitária. A produtora do cantor foi indiciada apenas pelo crime de infração de medida sanitária. Segundo os investigadores, as penas somadas poderiam chegar a 13 anos de prisão.
Já no mês de outubro, Safadão explicou que ele e a mulher não aceitaram um acordo proposto pelo Ministério Público uma vez que, entre outras coisas, o órgão propôs que ele se declarasse culpado pela vacinação e que pagasse uma quantia referente a R$ 1 milhão. Na época, o artista escreveu:
“Ontem tivemos mais um capítulo da história da vacina, tivemos uma reunião ontem pela manhã com Ministério Público e infelizmente não chegamos a um acordo por dois motivos: 1- Queriam que eu me declarasse culpado; 2 – Queriam que eu pagasse uma quantia equivalente a quase um milhão de reais, sendo que para um cidadão comum é infinitamente menor o valor”.
*Com informações do Portal R7 e Estadão