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Você já ouviu falar no Museu Falológico Islandês? Talvez não com esse nome, mas o Museu do Pênis é bastante popular e pode ser encontrado em Reykjavik, capital da Islândia. O local fica aberto todos os dias das 10h às 19h e cobra uma entrada de ISK 2750 (cerca de R$ 100).
Ele é considerado o maior e único local dedicado à exibição de membros de diferentes espécies. Atualmente, de acordo com informações do museu, existe cerca de 600 pênis de 160 diferentes animais expostos – a maioria de baleias.
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O fundador do museu, Sigurður Hjartarson, revelou ao The Guardian no ano passado que fica feliz por não ser mais julgado.
“A princípio as pessoas pensaram que havia algo de errado comigo, mas com o tempo viram que eu era um colecionador sério, preciso com as informações que guardava, e que não havia nada de pornográfico na coleção. Fico feliz que as pessoas não pensem mais que sou um pervertido”, disse em depoimento.
Ao visitar o museu dá para ver de pertinho vários pênis diferentes. O maior em exposição é o membro de uma cachalote que tem dois metros de comprimento, já o menor é de um camundongo europeu e precisa ser observado com a ajuda de uma lupe, afinal, tem menos de um milímetro.
Segundo informações da CNN Brasil, os falos são exibidos de diversas maneiras: secos, recheados e até montados, além de que podem estar submersos no álcool ou no formol.
E se você acha que o museu tem apenas membros de animais, pensou errado! Há um pênis humano entre os itens expostos, doado por um idoso de 95 anos que faleceu em 2011. O órgão foi reduzido a uma massa enrugada conservada em formol.
O número, no entanto, aumentará. Conforme divulgado pela CNN, dois jovens “bem-dotados”, um dos Estados Unidos e outro da Alemanha, já prometeram doar seus pênis ao Museu Falológico quando morrerem.
O museu também exibe uma variedade de testículos, espermatozoides, ossos e prepúcios. São centenas de peças de arte e itens culturais relacionados aos membros inferiores dos animais.
“O Museu Falológico Islandês dedica-se a coletar, estudar e apresentar falos reais e todas as coisas fálicas. É possível que os indivíduos empreendam estudos sérios no campo da falologia de forma organizada e científica”, diz o site oficial.
Ainda segundo o fundador do local, os visitantes têm reações positivas desde a inauguração em 1997. Inclusive, houve um aumento de turistas: foram 30 mil em 2015 e mais de 90 mil em 2018.
Museu do Pênis ganhou novo endereço e bistrô fálico
O Museu Falológico Islandês ganhou um novo endereço em 2020, saindo da Laugavegur, a principal via comercial de Reykjavik e uma das mais antigas do país, para um prédio comercial próximo do Harpa, centro cultural e musical da cidade.
Graças à mudança, o museu aumentou o triplo do tamanho e apresenta um café e bistrô com tema fálico. Os chopes são locais e recebem até nomes sugestivos como o “IPA – Icelandic Penis Ale” e o “Phallic Pilsner”, já os cafés são de pequenos produtores, selecionados e torrados artesanalmente por microtorrefatores.
Para complementar a experiência, de acordo com a CNN, o museu tem uma loja completa que oferece uma variedade de produtos, incluindo jogos, livros e itens de design, todos, é claro, com temática relacionada ao órgão sexual masculino.
Qual a história do Museu do Pênis?
Embora tenha sido inaugurado em 1997, a história do museu começou 23 anos antes. Em 1974, Sigurður Hjartarson recebeu de presente um pênis de touro semelhante ao que ele costumava usar como um chicote para pastorear animais na infância. Na época, ele era diretor de uma escola na costa sudoeste da Islândia.
“Alguns dos professores costumavam trabalhar no verão em uma estação baleeira próxima e, depois do primeiro espécime, começaram a me trazer pênis de baleia, supostamente para me provocar. Aí surgiu aos poucos a ideia de que poderia ser interessante coletar amostras de mais espécies de mamíferos”, relembra o fundador em comunicado.
Os pênis foram coletados até chegar aos 62 exemplares na data de abertura do museu em Reykjavik, em agosto de 1997.
Em seguida, o local de arte foi transferido em 2004 para a pequena vila Húsavík, no norte, considerada a capital europeia da observação de baleias. Porém, o museu retornou à capital da Islândia em 2011 e mudou o endereço em 2020.
O museu é um empreendimento familiar que iniciou com Sigurður Hjartarson e sua esposa. Atualmente, o curador é Hjörtur Gísli Sigurðsson, filho do fundador, que assumiu o cargo em 2011.
De acordo com informações do museu, Hjörtur é um “falólogo de segunda geração” e “espera-se que ele estabeleça o padrão para a falologia em todo o mundo”.
Museu Falológico Islandês
Hafnartorg, Kalkofnsvegur 2, 101 Reykjavík
Aberto todos os dias das 10h às 19h
Entrada por ISK 2750 (cerca de R$ 100)