Dudu Azevedo fez uma reflexão sobre interpretar Jesus na novela bíblica da TV Record. O folhetim, que termina no dia 30 de março, foi um grande desafio na carreira do ator. Olha só:
Superação é a palavra de destaque para mim nesse trabalho. Nunca soube se estaria pronto ou não antes de viver os processos. Sempre descobri me desafiando e me esforçando. O condicionamento é a chave para o resultado. Penso sempre nas pessoas muito talentosas que eu conheço e avalio o quanto deve ser difícil ser talentoso demais. O talento quando é muito grande me soa como uma cama confortável e perigosa, onde as pessoas dotadas dele correm o enorme risco da acomodação, da estagnação e dos efeitos colaterais disso. O esforço, a perseverança e o condicionamento me soam mais familiares e me parecem também ferramentas mais eficazes na busca por um resultado. Desde abril do ano passado estou mergulhado no maior de todos os personagens que eu poderia viver na minha vida profissional. Foram meses de preparação, estudo, depois longos meses dando corpo, voz, entendimento e verdade em nome de Jesus e sua história.
Ele ainda admite que teve muita sorte em poder contar essa história nas telinhas – mas também reconhece todo o esforço que colocou no projeto:
Nesse quase fim de jornada me sinto tendo saído de um pós doutorado. Foram páginas e páginas de um texto complexo, muito exigente, lotado de significados e nuances, que não permitia displicência ou descompromisso e cobrou caro de mim. Valeu cada segundo. Foram milhares de sentimentos, emoções, surpresas, ensinamentos, entre tantas outras coisas que eu vivi experienciando e proferindo cada palavra de Jesus. Cada milagre, cada choro real meu ou das pessoas que estiveram comigo, cada reconhecimento do elenco, figuração, equipe, manifestado nos sets de gravação… tudo foi como viver diariamente uma premiação. Essa é a verdade, fui premiado por ter sido escolhido pra fazer esse personagem. Fui alçado a um posto que me esforcei muito pra chegar e merecer. Honestamente, esse é o meu prêmio. Tive/tenho a chance de contar essa história num momento de amor pleno em minha vida. Momento em que descubro o que me faltava viver pra de fato me sentir no topo da felicidade… ser pai. Eu sou um homem de sorte, realizado e agradecido por tudo o que tenho conseguido, mas acima disso, por quem estou agora. O amanhã não me pertence, mas espero seguir firme nessa caminhada, buscando sempre a felicidade, outras conquistas, e ser grato por cada passo certo ou pisada em falso.
Intenso, não é?