Ping: Braulio Tavares, dramaturgo
Qual foi seu principal desafio?
Acho que mostrar toda a riqueza musical dele, como compositor, cantor, como intérprete de todo um universo musical nordestino e carioca. Mais importante que a biografia, neste caso, foi o repertório. Construímos a narrativa em cima das canções, não da cronologia, embora haja menções específicas aos fatos essenciais da vida dele. Na montagem, a música toma a frente, a vida fica em segundo plano, mas visível.
Como foi o casamento entre o trabalho de Jackson com o material novo trazido pela Barca?
Foi um certo problema, porque gostamos de compor, mas levantamos, numa pesquisa de Alfredo Del-Penho, mais de 430 canções gravadas por Jackson. Com essa fartura, em princípio não haveria necessidade de novas composições! Mas fizemos músicas novas, mais como ilustração de uma cena, um comentário.
Duda Maia define a montagem como um “coco acelerado”.
O trabalho dela é de narrativa cênica, envolvendo corpo, dança, coreografia, jogo de movimentos e posturas. Esse trabalho se cola nos ritmos e melodias de Jackson, e comenta as letras das canções.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.