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'Nem a covid-10 mil acaba com o Brasil'

O pianista de jazz cubano Chucho Valdés fala, em entrevista ao Estadão, sobre a live que fará nesta sexta, 22, às 20h30, na página do YouTube do Blue Note Rio, e do momento de confinamento mundial do jazz.

Como anda a vida nesses dias de confinamento?

É uma vida de rotinas muito grande, mas, no meu caso, estou aproveitando o tempo para terminar de compor uma ópera que havia começado antes da pandemia, tocando muito piano, dando aulas de música para a minha família e fazendo exercícios físicos para não perder a forma.

Muitas pessoas dizem que o mundo jamais será o mesmo depois dessa pandemia. Acredita mesmo nisso?

Acredito que não será o mesmo, mas estou seguro de que será muito melhor, de que seremos pessoas melhores.

Parece que não teremos concertos ao vivo por muito tempo…

Isso parece bem triste, mas mantenho a esperança de que vamos nos ver logo para termos de volta esse contato.

Cuba não parece ter muitos casos de contaminações. O sistema de saúde cubano prova sua força ou os números podem não ser reais?

É preciso esperar mais tempo para que possamos chegar a essa conclusão. Espero que as cifras estejam certas.

Os brasileiros foram conhecidos no mundo pela música que fazem, por muitos anos. Isso pode estar mudando?

A essência do Brasil, a música que vocês fazem e sua cultura, jamais poderão ser destruídas. Nem a covid-19 nem a covid-10 mil poderão acabar com isso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.