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Com mais de 18,5 milhões de visualizações apenas em 4 dias, “One Piece: A Série”, segue batendo diversos recordes dentro da plataforma de streaming Netflix, alcançando a primeira colocação em 84 países e ultrapassando séries como Stranger Things e Wandinha.
Com 8 episódios e segunda temporada já confirmada, o longa estrelado por Iñaki Godoy, Mackenyu, Emily Rudd, Jacob Romero Gibson e Taz Skylar têm sido altamente elogiado por críticos, ganhando o título de “uma das melhores adaptações de animes já feitas”.
Mas, de onde surgiu esse sucesso?
Com o objetivo de responder esse questionamento, o Folha Vitória produziu uma matéria especial. Confira!
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Mangá em circulação desde 1997
A série produzida pela Netflix em parceria com Tomorrow Studios e a Shueisha tem como base principal o mangá (história em quadrinhos japonesa) “One Piece”, escrito por Eiichiro Oda e em circulação desde 1997, ou seja, há 26 anos.
Ao todo, o mangá conta com mais de 1000 capítulos e 106 volumes. Já o anime, considerado um dos mais populares da história desde a estreia em 1999, possui atualmente 1.075 episódios.
Em grande parte, o sucesso da nova série live action se deve a grande fanbase formada ao longo das décadas de existência da obra, sendo muito esperado há anos.
História cativante
Apesar da popularidade entre fãs de anime, grande parte dos espectadores ouviu falar da obra pela primeira vez ao ser lançada a série, em 31 de agosto deste ano.
A história acompanha um jovem chamado Monkey D. Luffy em sua ambição de se tornar o próximo rei dos piratas. Para isso, Luffy precisa encontrar o lendário tesouro “One Piece”, deixado pelo primeiro rei dos piratas, Gol D. Roger.
Durante o caminho, o jovem capitão constrói amizades e leais companhias que formam sua tripulação. Juntos, os chamados “Chapéus de Palhas”, fogem da marinha enquanto ajudam vilarejos e lutam contra outros piratas na busca pelo tão misterioso One Piece.
Luffy, assim como a maioria dos personagens de anime, possui também habilidades especiais, tendo comido um fruto raro que lhe concedeu poderes de borracha. Em troca, o capitão pirata perdeu a habilidade de nadar.
Em uma matéria para o site Hollywood Reporter, a jornalista Angie Han escreveu:
“A essência de One Piece reflete a do seu protagonista, que sabe perfeitamente que suas ambições parecem absurdas para a maioria das pessoas e que não se importa nem um pouco. Isso apenas aumenta a sensação de que tudo isso é um grande e alegre jogo de faz de conta – embora construído com a mente de um escritor adulto em termos de continuidade”, escreveu.
Veja o trailer:
Desconfiança de fãs
Antes da estreia da série dirigida por Marc Jobst, fãs do anime compartilhavam um sentimento de desconfiança, pois o universo fantasioso do escritor Oda seria de difícil reprodução.
No entanto, a adaptação contou com a presença do criador japonês a cada detalhe, gerando uma agradável surpresa para a maioria dos espectadores. O escritor, que nunca antes revelou o rosto, contou sobre a experiência em uma rara entrevista em Los Angeles.
“Uma adaptação com atores reais de um mangá não reencena simplesmente o material original. Envolve pensar no que os fãs amam nesses personagens, na dinâmica entre eles e ser fiel a esses elementos. Uma boa série com atores não precisa mudar muito a história. O mais importante é se os atores conseguem reproduzir os personagens de uma forma que satisfaça as pessoas que leem o mangá. Acho que fizemos bem, então espero que o público aceite”, disse.
*Texto escrito pela estagiária Sofia Galois, sob supervisão da editora Elisa Rangel.