O longa-metragem Ainda Estou Aqui fez história na 97ª edição do Oscar, realizada neste domingo (2), e conquistou a primeira estatueta da história do Brasil na premiação. O filme protagonizado por Fernanda Torres venceu na categoria Melhor Filme Internacional e bateu indicados como Emilia Pérez, obra que acumulava 13 indicações, Garota da Agulha (Dinamarca), A Semana do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia).
O prêmio foi entregue pela atriz espanhola Penelope Cruz a Water Salles. Em seu discurso, o diretor Walter Salles homenageou Eunice Paiva.
“Uma honra tão grande. Isso vai para uma mulher que teve uma perda tão grande. Esse prêmio vai para ela, Eunice Paiva, e para as mulheres extraordinárias que deram vida a elas, Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse o diretor.
Ainda Estou Aqui” conta a história de Eunice Paiva, mãe de 5 filhos que precisa lidar com o desaparecimento de seu marido, o engenheiro Rubens Paiva, arrancado de casa e assassinado pela ditadura militar. O filme é baseado no livro de Marcelo Rubens Paiva, filho caçula de Eunice e Rubens.
Ao longo da história, o Brasil teve 22 nomeações com 16 filmes diferentes. Ainda Estou Aqui foi o primeiro a conseguir emplacar três indicações entre as categorias principais.
Desde o anúncio dos indicados em 23 de janeiro, o clima de torcida de Copa do Mundo tomou conta do país. Isso contribuiu, inclusive, para impulsionar o sucesso da obra, que já levou mais de 5 milhões de espectadores às salas de cinema brasileiros, um número alcançado por poucos filmes nacionais até aqui.
Com mais de R$ 159 milhões arrecadados até aqui internacionalmente, o longa já bateu os R$ 20 milhões em bilheteria em salas de cinema só nos Estados Unidos.