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Paula Pimenta, Pietra Quintela e Lívia Silva abrem o jogo sobre o filme A Princesa Adormecida

O filme A Princesa Adormecida, adaptação do livro da Paula Pimenta, chegou aos cinemas no dia 15 de agosto, e conta a história de Rosa, ou Áurea, que teve que ir para longe dos pais por conta das ameaças de morte que recebia. Criada pelos tios e cercada de preocupações e regras, a menina sonha com a liberdade e embarca em uma jornada de autodescoberta. Agora, em entrevista, a escritora e as protagonistas contaram um pouco mais sobre o filme.

Pietra Quintela, que interpreta Rosa, uma menina sonhadora, ingênua e que conquista muito mais do que só sua liberdade, começou falando sobre os desafios de ser a protagonista. Esse é o primeiro trabalho da atriz como papel principal e ela dividiu um pouco da sensação e das dificuldades:

– É um super desafio. Essa é a minha primeira protagonista, então, mais do que um desafio, é uma honra para mim. É um lugar que, quando você é atriz ou ator, você quer muito conquistar. É uma grande conquista e foi muito especial. E, além de tudo, de ser uma protagonista, acho que foi muito desafiador interpretar uma personagem já existente e já é adorada pelos fãs da Paula. Então, eu já li o livro antes de gravar o filme e eu também me apaixonei pela Rosa, pelo personagem. E eu sei que tem muitos fãs que leram, muitos leitores que estão doidos para ver nas telas de cinema. Fica uma expectativa ali em cima de você.

Ela ainda diz que, embora tenha essas dificuldades, está muito orgulhosa de seu trabalho:

– Foi um desafio ter que me comprometer ao livro. Não perder essa essência da Bela Adormecida e da Rosa nos livros. Mas, ao mesmo tempo, fazer algo que encaixe nas telas de cinema, porque são dois formatos muito diferentes, né? Não dá para você encaixar 100% o livro no filme. Mas, eu acho que o resultado ficou muito, muito, muito bom. Eu, inclusive, li o livro depois que eu gravei também. E eu ia lendo e ia lembrando. Então, acho que ficou muito legal. Acho que os leitores, e também quem não leu, vai assistir ao filme e vai ficar com vontade de ler.

A protagonista também fala sobre interpretar uma princesa, algo considerado um sonho pela maioria das meninas quando crianças:

– Eu sempre sonhei em ser uma princesa mesmo. Eu me vestia com os vestidos, sempre fui apaixonada. Assim, cresci amando os filmes e vendo os contos de fadas, os filmes das princesas da Disney. O que foi mais especial ainda para mim foi fazer uma princesa do mundo moderno, porque quando você cresce, muda a sua cabeça e você vê que a vida realmente não é como os contos de fadas falam. Normalmente, nos contos de fadas você vê uma princesa esperando o príncipe chegar em um cavalo branco… E foi muito especial ver uma princesa modernizada dos dias de hoje. Que é super independente, que sabe o que quer, que não depende de ninguém, que quer alcançar os sonhos dela… Uma princesa que tem a sua melhor amiga. E essa amizade muito forte, que normalmente a gente não via nos contos de fadas. Tudo isso, trazendo para a vida real, foi mais especial ainda para mim. Além de estar interpretando uma princesa.

Lívia Silva, que dá vida à Clara, melhor amiga da Rosa, sendo muito falante, engraçada, cuidadora e parceira, também ressaltou que a amizade delas é algo muito bonito:

– Todo mundo precisa de uma melhor amiga como a Clara. Ela é muito divertida, muito espontânea e, ao mesmo tempo que ela aconselha e dá bronca, ela também acolhe. Ela está sempre do lado da melhor amiga dela. Aconteça o que acontecer, perante todas as circunstâncias e questões, com a fidelidade dela e o companheirismo que ela demonstra, e o amor que ela tem pela Rosa e por essa amizade tão linda.

Durante o bate-papo, Paula Pimenta reflete sobre a sensação de ser uma porta para algumas pessoas se apaixonarem por livros:

– Eu fico muito emocionada até porque é muito gratificante quando alguém chega para mim e fala que não gostava de ler até ler meus livros, e agora lê de tudo. Porque realmente é uma porta. A pessoa pode não saber que gosta de ler, mas, na verdade, ela ainda não encontrou aquele livro que desperte esse amor pela leitura. Porque é um vício, a gente começa e não quer mais parar. Sempre quer ter um livro em andamento. Eu fico muito emocionada.

A escritora ainda fala que se emociona muito ao ver o que tinha imaginado se concretizando no cinema – e até revela que dá uma espiadinha no público!

– É muito emocionante, porque aqueles personagens que eu criei lá na minha casa, na minha imaginação, eu mesma, de repente, ganhando um rosto, ganhando o mundo. Hoje em dia vai para o streaming, pessoas vendo, sei lá, em vários países. É muito legal saber que eu estou levando essa literatura nacional para o mundo. E é sempre muito, muito, muito emocionante ver a história se desenrolar ali nas telas. Todo mundo se emocionando. Nessas primeiras sessões, eu gosto até de ir no cinema, de assistir com outras pessoas do lado, que eu fico olhando a cara das pessoas que estão vendo, [observando] a reação… Se gostaram tanto quanto eu!

E quer saber uma curiosidade? Pietra revelou que os livros da Paula foram os primeiros que ela leu.

– Os livros da Paula foram os primeiros livros que eu li. Eu falo que é difícil colocar adolescente para ler hoje em dia com a tecnologia, mas é muito importante. E acho que é uma coisa que também trabalha muito a imaginação, porque você não está vendo nada. Você imagina tudo na sua cabeça, então é muito gostoso. Eu estava com essa dificuldade de ler, minha mãe me colocava para ler gibi, meus irmãos me colocaram para ler gibi… e o primeiro livro que eu li da Paula, que foi Fazendo Meu Filme, eu fiquei apaixonada… Hoje em dia eu realmente leio de tudo.

Por fim, as duas melhores amigas nas telas contam que também são amigas fora das gravações e que riam bastante no set. E por falar em bastidores, elas também contaram algumas histórias sobre esse dia a dia de filmagens. Segundo Lívia, as duas dormiam muito entre as cenas, e também se divertiam muito:

– A gente dormia a todo momento, cortava, e a gente estava aqui [imita a posição de dormir]. Eu acho que tem uma cena que a gente está sentada no sofá e a gente está dando muita risada. A gente realmente estava dando muita risada de alguma história que a gente estava contando. Estávamos vendo algum meme, e ficamos a cena inteira dando risada, tanto que, quando começou a gravar, a gente não conseguia parar.

Mas também teve perrengue, viu? Quintela também contou um baita caso que passou com um dos vestidos que usou durante o filme. A roupa abriu durante a cena que ela e o Guilherme Cabral, que interpreta o Phill, par romântico de Rosa, estão dançando – e ela precisou continuar fazendo os passos e se preocupar com o rasgo!

– Eu estava usando um vestido que era justíssimo em mim. Aquele vestido que você não pode nem respirar. E a dança de cinema é um perfeccionismo, então a gente regravou várias vezes, de vários ângulos diferentes. Uma das vezes, o Guilherme me levantou e o vestido abriu inteiro! Ele estourou nas minhas costas e eu continuei dançando, porque o diretor não tinha falado corta, não sabia o que estava aparecendo, se era meu rosto, se era o corpo inteiro. Então eu continuei dançando, assim, tomando cuidado para não ficar pelada. E eu ia dançando, e daí quando acabou, foi: Gente, pelo amor de Deus, rasgou meu vestido aqui! E daí as meninas do figurino costuraram ele inteiro nas minhas costas. Foi perrengue, mas deu tudo certo no final.