O influenciador capixaba Pedro Avelar, de 17 anos, se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter nesta quarta-feira (15). Com mais de 1,2 milhões de seguidores no Tiktok, o adolescente é acusado por alguns internautas de racismo. As críticas surgiram após postagens antigas do jovem, em que ele usa termos como “macaco preto” serem descobertos.
Pedro usou as redes sociais para se defender das acusações e justificar o ocorrido. Em um vídeo divulgado nos stories do Instagram, ele afirmou que não teve intenção de ofender ninguém. “Hoje, com a cabeça que eu tenho, eu jamais brincaria com isso, porque sei o peso que essa palavra tem. Mesmo sem ter tido a intenção de ofender ninguém, eu ofendi muita gente. Estão usando como se eu fosse um monstro e um cara completamente racista, sendo que eu não sou. Peço perdão a todo mundo”, disse.
Aos prantos, o tiktoker afirmou ter evoluído e não pensar mais como na época das postagens, datadas em 2018, 2019 e início de 2020. “Do lado de cá, mesmo que a pessoa seja figura pública, é ser humano”, afirmou.
Na tarde desta quinta-feira (16), por meio de nota, Pedro pediu desculpas novamente e reconheceu o erro. “Peço perdão pela minha irresponsabilidade, e agradeço não só aos que já me compreenderam, como também, aos que de alguma forma, trouxeram estes fatos a superfície, fazendo que eu reconheça os meus erros, corrigi-los e adicioná-los”.
O jovem afirmou ainda que, o episódio está lhe trazendo ensinamentos e maturidade. “Espero que este triste acontecimento tenha me trazido maturidade e discernimento, para que eu possa, desde já, saber conduzir meus sonhos, e quem sabe, influenciar outros jovens, ou não, a trilhar um caminho em comunhão de sentimentos”, finaliza.
Confira a nota na integra:
“Em um diálogo informal, com amigos próximos, outros nem tanto, via Twitter, em um momento de descontração, digo, zoeira entre chegados e seguidores, claro, sem o intuito de ferir alguém, em um momento íntimo, onde se fala de tudo um pouco quando se tem intimidade, fiz declarações de cunho racistas, que neste momento de repercussão, percebi quão nocivo fui.
Este eco agora, se transformou em reflexão, em discernimento. Não nego que fui imprudente, negligente com as palavras, irresponsável mesmo. Mas esta reprodução dos textos, de uma forma geral, fez com que eu olhasse para dentro de mim, e assim, perceber que não estou sozinho neste mundo, e que este universo pertence a todos nós, e que temos os mesmos direitos que outrem. “O meu direito termina quando começa o do outro”, e aí que percebi que extrapolei. Não ofendi só um grupo de pessoas, ofendi também meus primórdios, desacatei tudo aquilo que meus pais sempre me ensinaram: o respeito ao próximo, a individualidade, o respeitar para ser respeitado.
Porém, devo deixar claro, que tudo isso não foi premeditado, ou maquinado, e que não faz parte da minha índole, não faz parte de minha família qualquer ordem de rejeição ou intolerância, sejam: indígenas, idosos, imigrantes, homossexuais, portadores de algumas limitações, negros e etc. E devo acrescentar, se isto tem alguma importância, que minha família é composta por negros, e que isto me faz muito orgulhoso, e agora, isso veio a inflar.
Estou totalmente arrependido. Foi uma infantilidade de minha parte, não foi de forma alguma querer ofender ninguém, apesar de ter ofendido.
Peço perdão pela minha irresponsabilidade, e agradeço não só aos que já me compreenderam, como também, aos que de alguma forma, trouxeram estes fatos a superfície, fazendo que eu reconheça os meus erros, corrigi-los e adicioná-los.
Espero que este triste acontecimento tenha me trazido maturidade e discernimento, para que eu possa, desde já, saber conduzir meus sonhos, e quem sabe, influenciar outros jovens, ou não, a trilhar um caminho em comunhão de sentimentos.
Buscando dias melhores, minhas sinceras desculpas”.