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Rastaclone canta grandes sucessos em voz e violão no Shopping Vitória Music Lounge

Também conhecidos como os 'moleques do Araçás', em homenagem ao bairro de origem, os integrantes do Rastaclone terão a responsabilidade de abrir o SV Music Louge by Jovem Pan

São 18 anos de sucesso da banda capixaba “Rastaclone” Foto: Divulgação

São 18 anos de uma experiência incontestável, afinal, quem não se lembra do trecho “Meu Deus do céu, que confusão! Selvageria”?. Além de ‘Selvageria’, a banda capixaba Rastaclone produziu outros sucessos como ‘Perfume de Flor’, ‘Fumaça’ e ‘Sereia’.

Também conhecidos como os ‘moleques do Araçás’, em homenagem ao bairro de origem, os integrantes do Rastaclone terão a responsabilidade de abrir o SV Music Louge by Jovem Pan nesta sexta-feira (15). Em voz e violão, grandes sucessos e novas músicas serão tocados na praça central do Shopping Vitória em um estúdio especial da Jovem Pan Vitória. São dez dias de shows! Confira a programação das bandas e artistas capixabas que passarão pelo Lounge.

Em entrevista ao jornal online Folha Vitória, o vocalista da Rastaclone, Bob, fez uma retrospectiva da carreira.

Confira na íntegra:

O último álbum lançado do Rastaclone foi o “Curto Circuito”, DVD ao vivo lançado em 2012 em comemoração aos 15 anos da banda. Quais são os próximos projetos?

Ainda estamos em turnê com o DVD por Minas Gerais e interior do Espírito Santo. Também estamos gravando o disco novo do Rastaclone, 3º da banda. A música ‘Horizonte Azul’, que está no DVD, vai como bônus no próximo disco, que será lançado este ano.

Como você analisa essa ‘febre’ de reality shows musicais?

É super interessante. Eles têm um padrão e é a primeira vez que ‘rolou’ dessa forma de bandas e isso estava faltando. Com certeza é muito importante. A banda tem que aproveitar a oportunidade que está tendo. Acredito que quem tem uma estrada vai se dar melhor porque já tem os caminhos e as pessoas acabam ligando uma coisa à outra.

O que acha da divulgação musical no Espírito Santo?

A divulgação no Espírito Santo na época que lancei o Rastaclone começou a ser maior porque as pessoas começaram a enxergar as bandas locais. Existiam algumas pessoas que acreditavam que aquilo poderia dar um retorno financeiro e também popularizar as bandas. Isso resultou no ‘lance’ do movimento de bandas capixabas muito legal e que depois, por alguns motivos, foi parando. Mas acho que deveria melhorar.

Na verdade, quem comanda o que vai rolar ou não são vocês da mídia, sempre falo isso. Porque se vocês ouvirem um som ou um artista, qualquer tipo de artista, e vê que é bom e divulgarem, as pessoas vão saber que ele existe. Se vocês esconderem, a gente vai ficar escondido. Então, a gente tem que andar junto e ver quem está trabalhando, está fazendo coisas novas e divulgar. Eu sei que não dá para divulgar todo mundo, mas acho coerente ver quem está fazendo alguma coisa para o Espírito Santo. Querendo ou não, a gente representa o nosso Estado. A gente tem vídeos em São Paulo com 40 mil pessoas cantando o som do Rastaclone, isso é verídico. Às vezes eu fico assim “poxa, aonde é que eu estou errando?” porque deveria ser mais. A gente vai trabalhando para que isso mude um dia. Tem que trabalhar, as bandas também têm que fazer o seu papel.

O Rastaclone está firme e forte desde 1997. Qual o segredo para manter a banda?

Perseverança! É acreditar. A gente representa o Rastaclone, mas não ficamos só no Espírito Santo. Conseguimos ir para outros lugares e isso nos fez ter mais força. Moramos uns quatro anos em São Paulo, moramos no Rio de Janeiro, tivemos gravadora e vendemos discos. Conseguimos vender mais de 50 mil discos e isso foi ajudando.

Quando vamos a São Paulo, as pessoas perguntam, divulgam, falam e nos colocam para tocar em lugares ‘maneiros’ e gigantes. Aqui (Espírito Santo), vejo que algumas pessoas relutam. Os contratantes colocam o que vem de fora porque é vantajoso para ele. Financeiramente ele está certo, mas poderia pensar “pô, vou colocar uma banda que tenha a ver, que eu gostei ou que está fazendo algo para o Espírito Santo” para abrir um show porque isso ajuda e agrega. Mas, principalmente, eles devem pagar o valor que a banda merece.

E você já pensou em desistir?

Não penso em desistir. Já passei muita dificuldade em continuar divulgando no Espírito Santo. A gente teve alguns contratos que não deram certo, mas agora fechamos um legal.

Pensar em desistir, não. Agora, tocar quando der, isso sim. Já que escolhi isso pra mim, eu só tenho que fazer isso. Se eu trabalhar com algo fora, acaba o sonho. Não posso fechar minha vida e acabar meu sonho para arrumar outra coisa. Se é isso que quero, vou conseguir.  Consigo me manter até hoje… Não sou rico, mas sou um cara que vivo da minha profissão e me orgulho disso. Agora, com esse disco novo, tenho certeza que vai incomodar um pouco de gente. As músicas são legais, modéstia à parte, e estamos trabalhando para que o disco fique muito legal. As letras estão boas, espero que toquem bastante.

Fale um pouco desse disco novo.

As músicas estão vindo um pouco mais pop. As letras são o que passamos no momento. Me preocupei muito em falar de amor e de uma forma bem sutil. Está faltando amor, entendeu? Nas músicas e entre as pessoas está faltando amor. 

O disco se chama “Cada vez mais forte” e tem a ver com o que estou falando. A gente tem que ser cada vez mais forte. Juntos somos mais fortes e é isso que está deixando o Rastaclone vivo até hoje.

Qual música marcou sua carreira? E um show memorável?

Todas as músicas que lançamos tocaram muito. A música, em particular, ‘Perfume de Flor’ chegou no patamar que me deixou admirado. Quando a gente toca, as pessoas choram até hoje. Tocamos no interior, não faz muito tempo, e as meninas choraram. Não conseguimos descer do palco e a gente registrou isso, tem vídeo lá na fan page.

Selvageria é muito importante também, quase que entrou pro senso do desarmamento, foi por pouco. Nem sei por que não entrou, mas já estava na ‘goma’. ‘Perfume de Flor’ tem um ‘lance’, além de ser bonita, as mulheres se identificam e os caras também. É uma musica muito importante. O André até cantou no BBB. Então, isso tudo foi importante.

Programação completa do SV Music Lounge by Jovem Pan Foto: Divulgação

Um show que marcou foi a gravação do clipe de ‘Fumaça’, na Praça do Papa. Foi uma coisa incrível! Teve a participação 100% da ‘galera’. A gente tocou com Paralamas do Sucesso e conseguimos gravar o clipe, que a gravadora não apostava que fosse possível.  Mas eu apostei e chegou na hora todo mundo chorou porque deu certo. Foi um grande clipe também.

O que acha do evento promovido pelo Shopping Vitória e pela Jovem Pan?

Achei fantástico. A gente vai ter o compromisso de abrir o evento. A ideia é maravilhosa! Se todo mundo tivesse essa ideia, a gente continuaria a carreira e o público agradece porque quer ver a banda tocar. Espero que dê tudo certo.

Recado para fãs.

Compareça nesta sexta-feira no evento e acredite sempre na gente, na música capixaba, na música brasileira. Estaremos lá, fazendo o som, mandando a musica que eles já conhecem e quem não conhece vai conhecer. Espero que vocês gostem e estejam sempre com a gente.