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Regina Duarte critica 'feminismo' de sua personagem em Malu Mulher e causa polêmica

"Achava a Malu muito chata, muito autoritária, dona da verdade, muito feminista. Aquilo que eu nunca quis ser", disse a atriz.

Foto: Reprodução Facebook

Regina Duarte lembrou da época do programa Malu Mulher e soltou declarações polêmicas no Programa do Bial, que foi ao ar na última quarta-feira, dia 29. O apresentador começou o papo com a atriz falando da série. Como os dois comentaram durante a conversa, o programa, que foi ao ar no final dos anos 1970, foi considerado pioneiro nas questões da mulher e teve repercussão mundial.

Bial começou o papo perguntando como o criador do programa, Daniel Filho, criou a personagem e Regina respondeu:

– Ele queria que a Malu fosse uma mulher que as outras mulheres, ainda que de outra classe, quisessem ser como ela.

Ela também contou que Daniel sentiu a vontade de criar o programa por que ele viu uma nova mulher surgindo na sociedade e sentiu a necessidade de falar sobre ela. Foi assim que a série surgiu, muito inovadora para ápoca ao falar de questões como aborto, violência doméstica, virgindade, menstruação e muito mais!

Por isso, a série é considerada feminista por muitas pessoas. Entretanto Regina não se vê assim:

– Eu nunca me declarei feminista. Mesmo fazendo Malu eu achava que não era por aí, tinham caminhos intermediários, tinha que negociar mais, não podia se afastar do homem.

Polêmica! Mas mesmo sem se considerar feminista, a atriz contou no programa que se identificava muitas vezes com as situações retratadas na série. Ela também revelou que sofreu com o término do programa, mas que já não estava mais querendo levar ele para frente:

– Já estava discordando dela (Malu), achando muito chata, muito autoritária, dona da verdade, muito feminista. Aquilo que eu nunca quis ser.

O assunto foi um dos mais comentados nas redes sociais. Uma internauta disse postou: “Regina Duarte “nunca quis ser aquela feminista”. A verdade é que nunca foi, só viveu as conquistas do feminismo como privilégio natural. Isso se chama vantagens de classe e cor”, escreveu.