São Paulo – Além da bola, as câmeras fotográficas foram alguns dos objetos que mais correram o País na Copa do Mundo do Brasil. Milhares de fotógrafos, amadores e profissionais, fizeram a crônica viva do maior evento esportivo da História do País, que terminou há 17 dias.
Para depurar algumas entre as imagens mais marcantes da competição, abre-se nesta terça-feira, 5, no Shopping Ibirapuera a exposição Retratos da Copa, que vai até o dia 31 deste mês. A história de como a seleção dessas fotos chegou à exposição merece aqui uma prorrogação: as 80 imagens foram escolhidas entre uma pré-seleção de 550 fotos captadas pelas lentes de 57 fotógrafos de importantes veículos de comunicação (que se reúnem na Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográficos no Estado de São Paulo, a ARFOC-SP).
O primeiro processo de depuração foi coletivo. Os fotógrafos associados da instituição organizaram uma projeção das imagens selecionadas inicialmente e foram pinçando as melhores. Fotos extraordinárias não precisam de cartão de visitas. Depois, houve edição editorial, para prover a mostra de temas fundamentais, segundo Nilton Fukuda, diretor de Cultura da ARFOC. Era necessário que estivessem representadas fotos dos mais importantes personagens da Copa, como Felipão, Luiz Suárez, o jogo Brasil 1 X 7 Alemanha, as torcidas nos Fan Fest.
Entre os 57 fotógrafos, 7 são fotojornalistas do jornal O Estado de S.Paulo. “É uma maneira de darmos uma sobrevida à fotografia, que normalmente dura 24 horas no jornalismo. Além disso, o público poderá contemplar as imagens em outro formato e em um local em que normalmente as pessoas não têm muita pressa e, assim, poderão fazer leituras e releituras do Mundial com seus heróis e vilões”, disse Fukuda.
O resultado é um passeio pela imensa variedade de balés esportivos, tipos humanos, emoções, tristezas e alegrias do grande espetáculo que foi a Copa no Brasil. Segundo texto de Antero Greco, jornalista esportivo convidado para apresentar a exposição para o público em forma de palavras, “as imagens estão aí, para relembrar 31 dias especiais, entre junho e julho. O mês em que o País se expôs, com o que tem de deslumbrante e de angustiante, de brilho e de obscuro!”.
Greco assinala que, do lote escolhido, “cada foto é uma obra-prima, com a marca, o suor, a garra e o caráter do respectivo autor”. Além de Fukuda, repórteres fotográficos como Alex Silva, Ernesto Rodrigues, Clayton de Souza, Robson Fernandjes, Rubens Cavallari, José Patrício, Filipe Araújo e seus colegas fizeram uma radiografia única da grande confraternização esportiva. Apelidados de “laranjas da Copa”, por causa dos coletes de cor laranja que os identificavam como profissionais trabalhando, eles contaram a história e também torceram. Sua visão está representada nessa grande exposição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.